Brasil
Jade Baraldo dá início à nova era da carreira em ‘Não Ama Nada’
Quais são os limites entre uma vilã e uma anti-heroína? Para a cantora e compositora catarinense Jade Baraldo, a resposta está no ditado que diz que “a diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. Independente do rótulo, há algo em comum entre personagens que andam por esses caminhos: todas são donas da própria narrativa. Esse ponto em comum é o que costura a letra e o videoclipe de “Não Ama Nada”, novo single da artista que chega pela Warner Music. No registro audiovisual, a peculiaridade sonora de Jade se junta a elementos como união feminina e inversão de papéis ainda associados a gênero para repelir a objetificação das mulheres.
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“Essa música marca uma nova era, a da Jade ex-trouxa”, brinca a cantora e compositora, que vê em “Não Ama Nada” uma mensagem “para todos os filhos da mãe” que já passaram em sua vida. “O sentimento é o de olhar para as pessoas que querem te usar, como se fosse uma boneca – seja profissional ou pessoalmente, e dizer ‘eu não preciso de você, você é só mais um e que venham os próximos’”, explica.
Em um paralelo entre o mundo real e um submundo apresentado pela artista, o registro audiovisual constrói uma narrativa potente, reforçada pela sonoridade da faixa, que traz uma batida mais agressiva, resultado do encontro entre as ideias de Jade (que foi inspirada por músicas como “A Palé”, da espanhola Rosalía, e “MY POWER”, lançada por Beyoncé) e as do produtor Lucs Romero. “Eu procurei um beat agressivo e passei essa referência pro Lucs, eu precisava disso pra colocar todo esse sentimento pra fora. E, no final, a música virou esse misto de situações em que tem um lobo em pele de cordeiro e a sonoridade reflete bem isso”, diz a artista sobre a parceria com o produtor, conhecido por trabalhos com nomes como Chameleo, Pabllo Vittar e Tuyo.
“Não Ama Nada” mostra por quais caminhos Jade Baraldo vai percorrer nessa nova era e a posiciona como um nome no pop que não pretende seguir regras ou moldes pré-estabelecidos – seja pelo mercado ou pela sociedade. Não à toa, ela vem com um olhar que pode ser visto como rebelde, mas a artista prefere defini-lo como livre, pessoal e intenso. “Gosto de trabalhar as vísceras nas minhas músicas”, explica. E este é apenas o primeiro passo dessa nova fase.