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Rock in Rio

Guns N’ Roses faz história com show alucinante no Rock in Rio

Guns N' Roses. Foto: Carolina Moura/Estácio.

O Guns N’ Roses foi a última atração do Palco Mundo neste sábado, 23. Precedidos pelos britânicos do The Who, que fizeram sua estreia no Brasil, os norte-americanos trouxeram a setlist mais longa do festival, com 32 músicas no total. Com este feito, o Guns superou Bruce Springsteen, que até então era o detentor do recorde de show mais longo do Rock in Rio – na edição de 2013, com cerca de 2h40 de apresentação e 26 músicas no set. Foram 3h30 de um show a-lu-ci-nan-te! Esta é a quarta vez do Guns N’ Roses no Rock in Rio – oitava no Brasil -, portanto já não há mais novidade do que fazer para agradar os fãs. A diferença para as outras duas três edições do Rock in Rio (1991, 2001 e 2011) foi que a banda da Califórnia fez um show como manda a cartilha: sem grandes atrasos, conflitos e com o quartel todo reunido, o que não aconteceu em 2001 e 2011 – anos em que o trio de músicos da formação original – Axl, Slash e Duff – não estavam juntos.

Foto: Diego Padilha/IHF.

Com a intro de “Looney Tunes”, seguida de “The Equalizer”, o telão anunciava o retorno do Guns à Cidade do Rock. Logo que as primeiras notas de “It’s So Easy” foram tocadas, o Parque Olímpico foi abaixo e a única palavra que descreve o momento é: “insanidade”. Muitas pessoas pulando, gritando e pirotecnia no palco – uma constante do show. A sequência com “Mr. Brownstone”, “Chinese Democracy”, “Welcome to the Jungle” e “Double Talkin’ Jive” seguiu o mesmo padrão de qualidade, ainda sem nenhuma interação por parte dos astros com a plateia. “Welcome to the Jungle”, aliás, foi o coro mais ensurdecedor do primeiro bloco.

“Como vocês estão? Muitas pessoas aqui! Obrigado!”, disse Axl em seu primeiro contato com a multidão, que reagiu com histeria. “Estamos com problemas técnicos aqui, mas é bom ver vocês de novo! Vocês gostaram do The Who?”, interagiu o vocalista na tentativa de iniciar um bate-papo com os fãs, que responderam positivamente à sua pergunta. “Fuck yeah!”, finalizou o cantor antes de iniciar mais um bloco sem muita conversa, que mesclou hits bombásticos com canções mais introspectivas, como “Estranged”, “This I Love” e “Civil War”. Nesse momento, vários covers foram apresentados. “Live and Let Die”, eternizada na voz de Paul McCartney, “Attitude”, do Misfits, “Speak Softly Love”, Nino Rota, “Wichita Lineman”, Jimmy Webb, “Whole Lotta Rosie”, do AC/DC, “The Seeker”, do The Who, e uma bela lembrança à Chris Cornell, que deixou um vazio no mundo do rock após cometer suicídio em maio deste ano, com “Black Hole Sun”.

Foto: Diego Padilha/IHF.

Os problemas de som em momentos específicos incomodaram um pouco o frontman, que comunicou à todos por algumas vezes que a banda estava “passando por dificuldades”. Outro inconveniente, para os fãs – provavelmente -, foram as pausas muito longas e demoradas entre um bloco e outro de canções. Com mais de cinco trocas de figurino – basicamente chapéus, jaquetas e acessórios -, a atmosfera esfriava um pouco e o cansaço aparecia. Mas era um show do Guns, com reunião de toda a trupe, em um dos maiores festivais de música do mundo. As dores ficaram de lado e o público não arredou pé. Curtiu cada minuto do show!

O bis, que teve seis músicas – diferente do que a setlist divulgada previamente apontava -, trouxe grandes clássicos da carreira do Guns. “Patience” e “Don’t Cry” levaram às lágrimas os fãs mais ávidos da banda, enquanto “Paradise City”, pra fechar o set, abalou as estruturas do Palco Mundo com explosões e chuva de papel picado, para felicidade e festa daqueles que adquiriram ingresso e presenciaram de perto o Guns fazer história. Mais uma vez!

Slash & Duff:

O guitarrista e o baixista, ambos desde o início da banda – em 1985 – merecem uma menção honrosa, pois foram impecáveis. O grande diferencial das vindas do Guns na década de 90 e na primeira década dos anos 2000 para os shows que vem acontecendo desde a turnê “Not in this Lifetime”, que passou pelo Brasil em novembro de 2016, é a presença desses dois ao lado de Axl. Não sendo coadjuvantes e sim protagonistas do espetáculo também.

Slash detonou nos solos, fez parecer fácil e atraiu metade do foco para si. O músico, afinal, gosta e sabe se aproveitar dos holofotes. Duff, por sua vez, chegou a assumir os vocais em certo ponto do show, além de dar base para a voz de Axl nos backing vocals.

Sweet Child O’Mine pelas mãos de @slash! ❤️Valeu esperar! @gunsnroses #ROCKINRIO2017 #Acreditar . 📷@ihateflash / @diegopadilha

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@gunsnroses no palco mundo do @rockinrio e o @slash, Deus da Guitarra, detonando!

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Setlist:

Looney Tunes
The Equalizer (Harry Gregson-Williams song)
It’s So Easy
Mr. Brownstone
Chinese Democracy
Welcome to the Jungle
Double Talkin’ Jive
Better
Estranged
Live and Let Die (Wings cover)
Rocket Queen
You Could Be Mine
Attitude (Misfits cover)
This I Love
Civil War
Yesterdays
Coma
Slash Guitar Solo
Speak Softly Love (Nino Rota cover)
Sweet Child O’ Mine
Wichita Lineman (Jimmy Webb cover)
Used to Love Her
My Michelle
Wish You Were Here (Pink Floyd cover)
November Rain
Black Hole Sun (Soundgarden cover)
Knockin’ on Heaven’s Door
Nightrain

Bis:
Sorry
Patience
Whole Lotta Rosie (AC/DC cover)
Don’t Cry
The Seeker (The Who cover)
Paradise City

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Jornalista, publicitária, pós-graduada em Marketing, apaixonada por música e esportes e com experiência de cerca de dez anos na área do entretenimento. Leonina e workaholic, já atuei na produção e imprensa de eventos como Rock in Rio (2013, 2015, 2017, 2019, 2023), Lollapalooza Brasil, Maximus Festival e Olimpíadas Rio 2016. A música é como uma extensão da minha alma e a diversidade cultural e linguística me fascinam. Livros não podem faltar na minha estante, shows na minha agenda e esportes na minha programação dia-a-dia. Se pudesse me descrever em uma frase na atual fase da vida, esta seria: "Find what you love and let it kill you." BUKOWSKI, Charles.

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