Guilherme Dantas apresenta o EP ‘Como Seria’ e destaca a importância do forró

O cantor, compositor e sanfoneiro cearense Guilherme Dantas lançou o novo EP “Como Seria”, um projeto que reforça sua missão de valorizar o forró e conectar as novas gerações ao gênero.

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Composto por dois medleys que passeiam por sucessos do axé e o forró, ritmos emblemáticos do Nordeste, o EP fica disponível nas plataformas digitais a partir da 00h. Mais do que um lançamento de EP, “Como Seria” inicia um movimento, buscando atrair o público jovem para a riqueza da música nordestina.

No primeiro medley – já acompanhado de clipe -, Guilherme Dantas mergulha no axé trazendo versões de clássicos como “Vem Meu Amor” (Olodum), “Bola de Sabão” (Claudia Leitte), “Beija-flor” (Timbalada) e “Colorir Papel” (Jammil e Uma Noites).

Já no segundo medley, o artista dá seu toque especial ao forró raiz, reinterpretando “Mágica” (Calcinha Preta) e “Amanhã Talvez” (Joanna). O clipe fica disponível no próximo dia 21 de fevereiro.

Com sua sanfona característica e estilo tradicional da música nordestina, Guilherme Dantas propõe um resgate afetivo das canções que marcam gerações. “Esse EP é um convite para que a juventude se aproxime ainda mais da música nordestina e sinta a energia do forró. É uma homenagem e, também, um convite para todos levantarem para dançar uma boa música de forró”.

“Como Seria” chega como um presente para os fãs e uma demonstração do compromisso de Guilherme Dantas com a cultura nordestina.

Confira a entrevista com o cantor Guilherme Dantas:

Como surgiu a ideia de unir esses dois ritmos tão marcantes do Nordeste?

R: O forró é muito acolhedor, e eu acho que foi algo muito natural. Em casa, eu estava cantando, tocando músicas de outros gêneros que gosto, e casou tão bem que comecei a gravar vídeos. Esses vídeos começaram a viralizar, e o público começou a pedir para eu gravar um projeto.

Então, tornamos isso realidade e gravamos esse audiovisual, cheio de músicas de vários gêneros e diferentes contextos, mas numa única batida, que é o nosso forró, o shot.

Você menciona que esse projeto busca conectar as novas gerações ao forró. Como enxerga o papel da música nesse movimento de valorização da cultura nordestina?

R: Hoje vivemos uma fase em que praticamente tudo que é postado na internet tem potencial de alcançar o mundo, é algo global.

O forró, desde o início com Luiz Gonzaga, lá nas décadas de 40 e 50, já tinha se tornado um forró pop, um forró global. Acho que devemos muito a ele. Hoje temos a oportunidade de continuar esse legado, trazendo uma linguagem atual para conquistar um novo público, essa galera jovem, da nova geração.

Queremos que eles escutem, consumam forró e entendam que esse é um gênero acolhedor, que pode ser ouvido no carro, em casa, dá para dançar e se animar quando estiver triste. É uma música com vários significados, e por isso precisa continuar crescendo, se tornando cada vez mais global e atemporal.

O primeiro medley traz clássicos do axé, como Vem Meu Amor e Bola de Sabão. Como foi o processo de adaptação dessas músicas para o seu estilo?

R: Quando a música é boa ela cabe em qualquer batida. Então, primeiro de tudo, são canções maravilhosas. E aí junta um estilo como o shot que é tão bom de tocas, é a junção perfeita, é juntar fogo com gasolina.

Seu trabalho sempre destacou a sanfona e o forró raiz. Como foi reinterpretar faixas como Mágica e Amanhã Talvez dentro dessa proposta?

R: Eu sempre gostei de interpretar músicas românticas, então foi fácil e muito prazeroso. São músicas que eu já escutava desde a adolescência, desde criança, e colocar isso na minha batida, no meu jeito, foi muito gostoso.