A Academia Latina da Gravação™ anunciou hoje que Carmen Linares, Mijares, Arturo Sandoval, Simone, Soda Stereo e Ana Torroja receberão o Prêmio à Excelência Musical deste ano. Além disso, Alex Acuña, Gustavo Santaolalla e Wisón Torres receberão o Prêmio da Junta Diretiva.
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“Estamos muito honrados com a oportunidade de reconhecer essas grandes figuras ibero-americanas, cujo legado musical continua a inspirar as novas gerações”, disse Manuel Abud, CEO de A Academia Latina da Gravação. “Esperamos poder celebrar suas virtuosas trajetórias durante a Semana do Latin GRAMMY® em Sevilha, em novembro.”
O Prêmio à Excelência Musical é concedido aos intérpretes que durante suas carreiras fizeram contribuições criativas de excepcional valor artístico para a música latina e suas comunidades. O Prêmio da Junta Diretiva é concedido a pessoas que tenham feito contribuições significativas à música latina durante suas carreiras, mas não necessariamente na forma de interpretações. Ambas as distinções são votadas pelo Conselho de Diretores de A Academia Latina da Gravação.
Os contemplados com os prêmios serão homenageados em um evento privado durante a Semana do Latin GRAMMY, no domingo, 12 de novembro de 2023, no Teatro Lope de Vega, em Sevilha. Alex Hadad será o produtor executivo do evento, trabalhando sob a direção da equipe de produção de A Academia Latina da Gravação, liderada por Ayleen Figueras.
Contemplados com o Prêmio à Excelência Musical 2023:
Carmen Linares (Espanha)
Uma das cantoras mais talentosas, apaixonadas e conhecedoras da história do flamenco, Carmen Linares pode ser colocada ao lado de lendas espanholas como Camarón de la Isla, Paco de Lucía e Enrique Morente. Nascida na cidade de Linares, na Andalucía, em 1951, ela aprendeu os códigos musicais do flamenco ainda jovem, guiada pelo violão de seu pai. Em 1971, o lançamento de seu primeiro álbum mostrou uma profunda compreensão dos estilos tradicionais espanhóis. Foi o início de uma carreira deslumbrante que a levou a gravar obras de poetas espanhóis como Federico García Lorca, Juan Ramón Jiménez e Miguel Hernández, além de mostrar o esplendor da arte do flamenco em salas de concerto em todo o mundo. Antología De La Mujer En El Cante (1996) é considerado um dos registros essenciais na história do flamenco, e em 2020, ela comemorou sua carreira com a turnê Cantaora: 40 Años De Flamenco. Linares já se apresentou com orquestras sinfônicas, dirigiu seus próprios shows e gravou músicas para trilhas sonoras de filmes e televisão. Em 2022, ela recebeu o Prêmio Princesa das Astúrias para as Artes por uma vida inteira de dedicação e devoção ao flamenco.
Mijares (México)
Ao longo de sua distinta carreira musical, Mijares produziu uma grande variedade de álbuns e vendeu milhões deles. Manuel Mijares nasceu em 1958, na Cidade do México, onde iniciou sua carreira artística com os grupos Sentido e Los Continentales, e fez parte do coro de Emmanuel. Seu primeiro álbum solo, Soñador, em 1986, incluiu o sucesso internacional “Bella”. Em 1989, ele atingiu o auge de sua popularidade com Un hombre discreto, um LP apoiado pela balada apaixonada “Para amarnos más”. Depois de sucessos como “Uno entre mil” e “No se murió el amor”, no verão de 2009 ele lançou Vivir así, um álbum de baladas favoritas. Depois de várias apresentações internacionais, em 2016 ele comemorou três décadas de carreira ininterrupta com um show no Palacio de Bellas Artes, no México, acompanhado por uma orquestra sinfônica.
Arturo Sandoval (Cuba/Estados Unidos)
Membro fundador do inovador grupo cubano Irakere, Arturo Sandoval se destacou como músico de jazz latino, pianista, compositor clássico e um virtuoso trompetista. Nascido em Artemisa, Cuba, em 1949, Sandoval formou o Irakere em 1973 com o tecladista Chucho Valdés e o saxofonista Paquito D’Rivera. Juntos, eles foram pioneiros em uma fusão ousada de jazz experimental, rock’n’roll descolado e padrões afro-cubanos empolgantes. Sandoval deixou a banda em 1981 e depois se mudou para os Estados Unidos com a ajuda de seu mentor Dizzy Gillespie. Depois, criou sua própria banda e começou a rodar o mundo. Sandoval também se sente à vontade para se apresentar como solista de trompete clássico com orquestras sinfônicas em todo o mundo, além de ter composto dois Concertos para Trompete e Orquestra. Foi ganhador de vários Latin GRAMMYs e GRAMMYs, além de um Emmy por ter composto a música de For Love or Country, um filme biográfico da HBO baseado em sua vida e com Andy García como protagonista. Também foi homenageado pelo presidente Barack Obama com a Medalha Presidencial à Liberdade, em 2013.
Simone (Brasil)
A discografia prolífica e de enorme sucesso de Simone resume o fascínio do movimento da MPB e uma folia de vida e romance movida a samba. Nascida Simone Bittencourt de Oliveira, em Salvador, Bahia, em 1949, a cantora lançou seu primeiro LP em 1973, seguido por Quatro Paredes em 1974 e Gotas D’Água um ano depois. Apresentando uma leitura etérea de “Proposta”, de Roberto Carlos, e uma interpretação arrebatadora de “Idolatrada”, de Milton Nascimento, as canções de ambos os compositores continuariam a inspirar Simone ao longo de sua carreira. A cantora deixou uma marca profunda na cultura popular brasileira ao gravar as músicas-tema de muitas novelas de TV e também por meio de suas poderosas apresentações ao vivo. Combinando brilhantemente uma paleta artística refinada com o apelo da cultura pop, ela continua na crista de sua carreira, tanto no estúdio de gravação quanto nos palcos de shows em todo o mundo.
Soda Stereo (Argentina)
O poderoso trio de Buenos Aires, Soda Stereo, foi formado em 1982 por Gustavo Cerati, Zeta Bosio e Charly Alberti. Inicialmente influenciados pela new wave britânica, os primeiros sucessos do Soda, como “Cuando Pase El Temblor” e “Nada Personal”, conectaram-se com uma geração jovem de fãs que ansiavam por uma banda de rock que oferecesse uma perspectiva sul-americana distinta. À medida que o Soda fazia sucesso fora da Argentina, seu som se tornava mais sofisticado e eles produziam álbuns como Doble Vida (1988), com clássicos como “En La Ciudad De La Furia”, enquanto Canción Animal (1990) incluía “De Música Ligera”, o maior sucesso do grupo. A banda se separou em 1995, dois anos após ter lançado seu último álbum de estúdio, Sueño Stereo, e comemorou sua trajetória com o épico álbum duplo ao vivo El Último Concierto, retornando apenas em 2007 para a última turnê Me Verás Volver. Apesar da morte inesperada de Cerati em 2014, a música do Soda Stereo continua presente nos corações de seus fãs.
Ana Torroja (Espanha)
Ana Torroja tornou-se uma estrela pop internacional na década de 1980 como a carismática vocalista do trio pop espanhol Mecano. O icônico grupo alcançou níveis de sucesso sem precedentes, vendendo mais de 25 milhões de discos em todo o mundo. Em 1997, Torroja embarcou em uma carreira solo com o bem-sucedido lançamento de Puntos Cardinales e após a separação definitiva da banda um ano depois, ela floresceu como uma cantora e compositora sofisticada, fazendo experiências com um mosaico estimulante de estilos. Em 1999, Torroja voltou a surpreender seus fãs com seu segundo álbum, Pasajes De Un Sueño, que abandonou os sucessos radiofônicos do passado em favor de um som mais cosmopolita, com sucessos como “Ya No Te Quiero” e “Dentro De Mí”. Percorreu o mundo com Girados (2000), um show conjunto com seu amigo, o lendário Miguel Bosé, com quem mais tarde gravaria “Corazones”. Ana continua ativa no estúdio de gravação e nas salas de concerto da Europa e das Américas, sempre comprometida tanto com seu público fiel quanto com o gênero que defende com maestria há mais de quatro décadas.
Contemplados com o Prêmio da Junta Diretiva 2023:
Alex Acuña (Peru)
Baterista e percussionista de técnica notável, Alex Acuña também é um reverenciado líder de banda de jazz e fusão. Nascido em Patilvica, Peru, em 1944, ele foi recrutado pelo rei do mambo, Pérez Prado, aos 18 anos, depois de se mudar para Lima. Mais tarde, Acuña trabalhou em Las Vegas com os lendários Elvis Presley e Diana Ross, e se juntou ao supergrupo de jazz-rock Weather Report em meados dos anos 1970, onde contribuiu com polirritmos progressivos para dois dos álbuns mais icônicos da banda, Black Market (1976) e Heavy Weather (1977). Depois de sua saída da banda, Acuña acumulou uma discografia prolífica como músico profissional, trabalhando com Paul McCartney, Joni Mitchell, Plácido Domingo, U2 e muitos outros. Nos anos 1980, ele colocou sua criatividade à prova ao trabalhar com o grupo de música cristã de jazz/funk, Koinonia, e também prestou homenagem às suas raízes afro-peruanas com as canções místicas de Los Hijos del Sol. Nos últimos anos, Alex contribuiu com sua maravilhosa habilidade percussionista para a trilha sonora de filmes de primeira linha como Coco, Moana, West Side Story e Star Wars: The Last Jedi.
Gustavo Santaolalla (Estados Unidos/Argentina)
O autor, cantor/compositor e produtor argentino, ganhador de múltiplos Latin GRAMMYs e GRAMMYs, Gustavo Santaolalla mudou sozinho o curso da música latina em uma carreira incansável, que abrange vários campos, décadas e gêneros. Santaolalla tornou-se um astro do rock em sua adolescência como cofundador do supergrupo pioneiro de folk-rock, Arco Iris. Depois de se mudar para Los Angeles no final dos anos 1970 e estabelecer uma parceria artística com o tecladista Aníbal Kerpel, ele se tornou um dos produtores mais influentes da história do rock latino, dirigindo uma série de álbuns magistrais de artistas como Café Tacvba, Maldita Vecindad, Julieta Venegas, Juanes e muitos outros. O lançamento de Ronroco, em 1998, abriu caminho para um novo capítulo como compositor criativo e cheio de emoção de trilhas sonoras de filmes. Suas trilhas espetaculares para Brokeback Mountain (2005), de Ang Lee, e Babel (2006), de Alejandro González Iñárritu, ganharam o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original. Ao mesmo tempo, ele excursionou pelo mundo como membro fundador do grupo que desafia gêneros, Bajofondo, uma banda de música contemporânea do Rio de la Plata, além de ter colaborado com uma grande variedade de artistas, desde Eric Clapton até o Kronos Quartet e o compositor clássico Osvaldo Golijov. Nos últimos anos, ele foi aclamado ao compor a música para as duas partes do jogo de videogame The Last of Us, bem como para sua subsequente e bem-sucedida adaptação para a televisão, pela qual recebeu uma indicação ao Emmy.
Wisón Torres (Estados Unidos/Porto Rico)
Wisón Torres nasceu em 1934 em San Juan, Porto Rico, e começou a tocar violão quando tinha apenas sete anos de idade. Aos 14 anos, ele se apresentou profissionalmente pela primeira vez na rádio porto-riquenha com o trio Los Sultanes, um grupo que ele criou e liderou. Depois, em 1951, recebeu a tarefa de formar e dirigir Los Hispanos de Puerto Rico, um quarteto composto por membros de diferentes trios que se juntavam para apresentações especiais em toda a ilha. Inspirado pelos intrincados arranjos progressivos dos quartetos de jazz americanos, Torres combinou essas harmonias estéticas com sensibilidades latino-americanas e criou um som distinto para Los Hispanos com sua capacidade única de arranjar e harmonizar quartetos vocais. O som refinado e distinto do grupo levou a uma extensa turnê pelo México, América Latina e Estados Unidos. Em meados dos anos 1960, Tito Rodríguez produziu uma série de álbuns com o Los Hispanos que trouxeram seu som para a música pop da época. Ao longo dos anos, eles também gravaram com a orquestra de Tito Puente, fizeram uma turnê pela Inglaterra e continuaram a fazer projetos de gravação. Torres, com uma carreira de mais de 75 anos, continua a criar música até hoje.
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