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“A gente vai ter a mesma cultura da rua em um lugar seguro”, afirma Pedro Ramalho, um dos fundadores do bloco P[A]RADO
Pensa só no seguinte cenário: folia de Carnaval, blocos de rua, animação do público, muita música, dança e comida de boa qualidade? Parece um sonho imaginar tantos pontos positivos quando o assunto é o Carnaval de rua do Rio, que – apesar de toda popularidade ao redor do mundo por sua alegria e beleza – é também motivo de insegurança, enormes concentrações de pessoas, assaltos e pouco conforto no uso de banheiros e outros serviços públicos. Foi pensando nessas lacunas que surgiu o projeto de Carnaval do Bloco P[A]RADO, que tem como um dos fundadores Pedro Ramalho. O Bloco vem como uma opção para o folião que não quer se aventurar nas grandes multidões, mas ainda assim viver a mesma experiência e atmosfera das ruas, ou para quem não se cansa de curtir e quer estender a festa.
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As atrações incluem os tradicionais blocos Amigos da Onça, Minha Luz é de Led, Volta Alice e Corre Atrás. Durante o evento, que será realizado nos dias 10, 11 e 17 de fevereiro, das 13h à 1h, no Jóquei Clube, o público terá acesso a serviços como customização de camisas e maquiagem.
Para saber um pouco mais sobre como surgiu o projeto, valores e a visão de seus fundadores, batemos um papo com Pedro Ramalho, da Agência Levels e também sócio da Malaka. Confira com exclusividade no PopNow!
PopNow: O bloco vai trazer bem o que é o Carnaval de rua, com atrações bem tradicionais, como os ‘Amigos da Onça’, mas com a ideia de ter uma infraestrutura diferenciada. Como foi a concepção desse evento?Pedro Ramalho: É um projeto da Agência TAJ e Levels, que tem em São Paulo e no Rio. Como bons foliões de carnaval de rua, onde sempre curtimos e pulamos, eu e meus sócios tentamos achar no Carnaval uma oportunidade de fazer algo típico de algo que é tão forte do Brasil. Pensando, a gente percebeu que nos blocos rolava fantasia, danças típicas, entre outras coisas, mas sempre vinha acompanhada de alguma situação chata, tipo assaltos, pouca segurança, nunca tinha lugar para ir ao banheiro… Coisas básicas que ficavam acima da alegria e da diversão do bloco. E foi por esse caminho que surgiu a ideia do Bloco P[A]RADO, no Prado. Lá é um espaço que tem um estacionamento fechado onde vai ser o evento – que vai ficar em frente ao BG, na Gávea. E a gente viu que naquela localização a gente conseguia fazer um espírito de Carnaval de rua dos blocos, das fantasias, das músicas… Toda essa energia que os blocos de rua têm e é muito bom a gente vai manter, mas a gente quis um modo que dê mais conveniência para o folião, que na rua não encontra itens como segurança, banheiro limpo, um bom atendimento de bar. A gente vai ter a mesma cultura da rua em um lugar seguro e as pessoas podem ficar concentradas em apenas curtir e dançar, o que hoje em dia na rua não é mais possível. A gente vai ter fantasia, maquiagem carnavalesca para colocar glitter, purpurina, um restaurante onde as pessoas vão poder se alimentar, além de um lugar seguro para descansar.
PopNow: Muito disso que acontece nas ruas acaba sendo pela concentração de multidão que acontece, o que não dá vazão de banheiros e outros serviços. Qual a média de público esperado por dia no bloco P[A]RADO?
Pedro Ramalho: O bloco vai durar 12 horas por dia, com na média de três blocos, então vai começar às 13 horas e vai até 1h. Cabem 1200 pessoas no espaço, mas por dia estamos esperando 3 mil pessoas, porque tem gente que vai curtir das 13h às 17h, outras só à noite… Vamos ter um giro muito grande. Não queremos substituir nenhum bloco de rua, queremos ser uma nova opção do Carnaval!
PopNow: Como a pessoa faz para ir ao bloco? Vai ter venda de ingresso na hora?
Pedro Ramalho: A gente vai ter venda na porta e venda antecipada. Estamos comunicando muito no Facebook, é só colocar Prado Garden P[A]RADO que traz todas essas informações, toda a programação dia por dia e lá a pessoa consegue adquirir o ingresso também, que é no valor de R$50.
PopNow: É a primeira vez que estão fazendo esse evento? Há a possibilidade de se estender para outras regiões do estado?
Pedro Ramalho: É a primeira edição, com ideia de fazer nos próximos três anos. Como estamos acostumados a frequentar o Rio, a gente vai ficar por aqui por enquanto, porque para ir para outro espaço tem que ter um estudo. A ideia é consolidar no Rio para depois levar para outros lugares.
PopNow: Por que a escolha de lugar para realização do bloco foi o Jóquei Clube?
Pedro Ramalho: É porque fica em frente ao BG, uma região que tem muitos blocos na cidade. Nada mais certo do que ir para onde as pessoas estão, onde tem mais concentração de foliões, então mapeamos quais os blocos que iam ter naquela região e achamos a localização muito boa. De certa forma, as pessoas vão passar por ali e até quem não sabe do projeto vai se interessar por ser uma opção legal.
PopNow: Essas são as mesmas agências que estavam envolvidas na Malaka ou são projetos diferentes?
Pedro Ramalho: São projetos completamente diferentes! Só a Levels estava envolvida na Malaka com alguns outros sócios.
PopNow: Comparando uma festa com a outra, você vê alguma similaridade?
Pedro Ramalho: A gente não tá chamando o projeto de festa por isso, a Malaka é uma festa com atrações e horários definidos. No P[A]RADO, nós vamos trabalhar por 12 h, muito no giro, então chamamos mais de Projeto de Carnaval. Queremos ser um complemento do Carnaval, estamos até chamando de after bloco. A pessoa vai estar na rua e vai para lá… Estaremos prontos para atender a necessidade do consumidor que está na rua e quer continuar a folia!
PopNow: Se você tivesse que deixar uma mensagem pro folião o convidando para o evento, o que diria?
Pedro Ramalho: Pra eles comprarem a ideia que criamos com tanto carinho e deixar assegurado que a alegria do Carnaval de rua é o que mais vai ter no projeto, além da segurança – que muitas vezes afasta as pessoas dos blocos. Quero que todo mundo vá pra lá pra se divertir, porque a única preocupação vai ser dançar e curtir.