Brasil
Felipe S. apresenta seu novo disco ‘Cabeça de Felipe’, no Festival Levada
Foi realizado na noite de ontem, 02, o primeiro dos dois dias de apresentação do cantor Felipe S. no Festival Levada, evento que vai até 7 de setembro e contará com a presença de vários artistas como Luisa Maita, Bruno Morais e Bruna Mendes.
O pernambucano vocalista do grupo Mombojó trouxe para o palco do Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca, seu projeto solo, intitulado “Cabeça de Felipe”. Para quem o viu e verá cantar num espaço pequeno e aconchegante que dá um tom intimista, não se engane. Junto com sua banda, Felipe já se apresentou em locais como o Boulevard Olímpico, Festival Lollapalooza e no carnaval do Recife Antigo.
O show
Luzes baixas, vozes de crianças e um homem com uma cabeça de tigre e capa de chuva, assim Felipe inicia seu show com uma performance artística da música “Tigre Palhaço”. Uma canção envolta por expressões faciais e corporais carregadas que fazem lembrar um ritual. Em meio à sua voz forte, um grito que diz “Eu não lhe perdoo, miserável”, ecoou pelo auditório e na tela apareceu uma imagem do presidente Michel Temer.
Felipe se mostrou um artista com jogo de cintura e sem papas na língua ao avisar que não estava usando seus óculos de grau e não enxergava o line up, por conta disso estava criando um novo naquele momento. Nesse embalo, ele cantou “Anedota Yanomami “, “Solto”, de Elza Soares, “Da Capoeira Pro Samba” e “Trovador”. Em muitas delas usou sintetizadores de som que deram um “que” especial às suas músicas.
Participações
O primeiro convidado chamado ao palco foi o músico Felipe Pacheco, da banda carioca Baleia. Junto com seu violino, Pacheco incrementou “Departamento do Amor” com as notas suaves do instrumento.
Felipe S. deixou claro que em seu projeto solo não costuma cantar músicas do Mombojó, porém abriu uma exceção para “Duas Cores” e para cantá-la chamou ao palco seu segundo convidado, o cantor e participante do The Voice, Ayrton Montarroyos. Dono de uma voz marcante, Ayrton fez uma linda apresentação e arrancou longas palmas da plateia.
E para encerrar as participações, o também pernambucano Tibério Azul apareceu detrás das cortinas para cantar “Calçada proibida”, juntamente com Felipe. A letra carregada de motivações políticas chama atenção para a polêmica das obras a serem realizadas no cais José Estelita, no Recife. O que combinou com o adesivo colado no instrumento do guitarrista Missionário José que dizia “Ocupa Estelita”.
No show que não se limitou a um estilo apenas, as canções migraram do samba de “Santo Forte”, passando pelo pagode de “Temporal”, do grupo ArtPopular, até acabar no indie de “Vão”.