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Esbanjando uma sensibilidade única, Bryan Behr lança mais um sucesso: ‘Agora Eu Tô De Pé’

Foto: Divulgação / Créditos: Victor Michelato

Bryan Behr é realmente o maior nome do POP hoje quando falamos de sensibilidade e transmitir emoções únicas. O cantor catarinense surpreende mais uma vez apresentando o single “Agora Eu To De Pé”, segunda canção do EP “Capítulo 2”. Com uma mensagem forte de superação, a letra, escrita por Bryan Behr com Juliano Cortuah, Davi Carturani e Flávio Ferrari, pode ser considerada o hino dos sobreviventes. Sobreviventes de qualquer situação difícil, uma doença, uma batalha pessoal interna, uma busca pelo sonho, sobreviventes de uma pandemia, sobreviventes da vida.

Eu queria falar sobre meu novo momento, como uma canção resposta para ‘Da Cor do Girassol’ onde eu me encontrava me curando de um momento muito sensível que havia passado. Agora eu tô de pé’ é sobre essa nova fase, onde me vejo de outra forma, como quem olha pra trás e enxerga que tudo o que aconteceu serviu de muito aprendizado, mas sabe que agora é hora de olhar pra frente sabendo que outras coisas virão pra me ensinar também, mas dessa vez conseguindo encarar tudo me sentindo mais forte. Durante o processo da composição da letra me senti preso, não conseguia encontrar nada que encaixasse bem pra segunda parte… Foi quando olhei para o lado e enxerguei a Daiane (minha amiga e parceira de trabalho no ateliê de pintura). Na época, ela enfrentava o segundo câncer, ali já sabia o porquê não conseguia encontrar as palavras pra segunda parte da música, eu precisava falar sobre ela, e assim aconteceu”, conta Bryan.

O clipe, gravado em Timbó, traz uma outra história de superação. O pai solteiro que se divide entre cuidar da filha, trabalhar para conseguir sustentar os dois e o seu sonho de jogar Futebol Americano profissionalmente. O time da cidade realmente existe e todos participaram da gravação.

Esse clipe é muito especial porque ele conta uma história que traduz muito bem o que a música tem a dizer. Fala sobre força, sobre superar obstáculos, mas também sobre sensibilidade e vitória. O Marcão é um cara que nunca atuou, mas de uma maneira maravilhosa deu vida a esse jogador de futebol americano, que tem um trabalho paralelo, cria sua filha sozinho e que, assim como muitos esportistas no Brasil, precisa enfrentar diversas dificuldades para viver seu sonho. Um cara super forte de quase 2 metros de altura, encontrando motivação nas situações mais simples e delicadas da vida deixa claro que a força que se faz necessária para conseguirmos chegar aonde queremos vai muito além da força física”, completa Bryan.

Agora tô de Pé” é o segundo single do EP “Capítulo 2” que teve início com a sentimental “Nada Vale o Preço”. O projeto tem data prevista para ser finalizado em novembro e promete uma grande surpresa que mostrará ainda mais a força, talento e capacidade de levar a todos os lugares sua música de Bryan Behr.

Ouça:

Confira na íntegra a entrevista do Bryan Behr ao PopNow:

1 – Como e quando você decidiu fazer um EP? E sobre o nome “Capitulo 2”, como aconteceu?

Bryan: “Capitulo 2” é uma continuação do “Capitulo 1”. A gente está lançando um álbum, então dividimos esse álbum em capítulos. São EPs que se chamam capítulos. A gente lançou o “Capitulo 1” no inicio desse ano e contem 5 faixas, e agora estamos indo para o segundo single do “Capitulo 2”, que são continuações das historias do “Capitulo 1”. As minhas musicas sempre falam muito de historias que eu vivi ou que vi acontecer, que eu ouvi de pessoas, e eu sempre gosto de trazer coisas que aconteceram de fato pra dentro das canções, isso é uma forma de eternizar as coisas que eu vivo também. É como se fosse fotografar as coisas que estou vivendo, só que em musica. Então, todas essas musicas tem muita historia. Como elas contam muitas historias, a primeira coisa que veio na nossa cabeça foi de defender esse álbum através de eps que se chamavam capítulos. Quando a gente finalizar as ideias dos capítulos, vamos lançar um livro que conte as historias de todas essas musicas, para as pessoas mergulharem mesmo nessas historias, ficarem sabendo quem são as pessoas pra quem eu escrevo as musicas e tudo que eu tava falando.

2 – Como foi o processo de composição da faixa “Agora eu to de pé”?

 Bryan: Primeiro eu me reuni com alguns amigos compositores pra compor algumas canções pra o “Capitulo 2” e surgiu a ideia de escrever alguma coisa com esse riff, então eu comecei a escrever, a desenvolver alguma coisa, mas a gente não levou muito adiante. Quando voltei pra casa aquilo ficou batendo na minha cabeça que precisava escrever alguma coisa com isso. Escrevi até o primeiro refrão mais eu não tinha o segundo verso escrito. Então eu fiquei naquele bloqueio criativo, não segui achar as palavras certas. A gente já tinha ido pra o estúdio e tinha gravado todo o instrumental da canção, então só faltava a letra. Então eu comecei a olhar a minha volta e percebi uma coisa muito grandiosa pra mim. Eu trabalho com uma amiga minha e ela estava enfrentando na época o segundo câncer, quando eu olhei pra Day, eu percebi o quão forte ela foi durante todo esse processo. Isso explica o segundo verso da musica “eu sou mais forte do que podem ver, sou bem maior do que posso dizer, eu me conheço bem.” A gente via a Day lidar com a doença de uma forma muito fod@. A gente não via o quão forte ela era porque ela fazia aquilo se tornar muito pequeno pra ela. Então isso explica todas essas frases do segundo verso da musica.

3 – A letra da nova faixa é bem forte, o que você pretende passar para quem a ouve?

Bryan: O que eu quero passar pras pessoas é que elas se sintam fortes, como elas não podem dizer que são e que elas se reconheçam com essa energia de realização.

4 – Voltando para o ep, existe alguma faixa em que houve parceria com algum artista?

Bryan: Houve, mas não posso falar se não serei demitido (risos), no “Capitulo 2”. No “Capitulo 1” não teve ninguém cantando comigo, mas eu fui muito feliz cantando minhas canções sozinha. No “Capitulo 2” eu quis trazer alguém pra ter essa energia e eu tinha curiosidade também de ouvir a minha musica sendo dividida por outra pessoa.

5 – Você é considerado um dos maiores nomes da cena pop quando o assunto é sensibilidade e transmitir emoções. Como é pra você essa sensação?

Bryan: Eu acho que essa palavra “Pop” está muito ligada a essa coisa de levar a musica e as palavras pra um numero muito grande de pessoas, sem falar no gênero em si. Eu fico muito feliz, por que as minhas musicas falam muito de historias verdadeiras, transmitem coisas que eu passei e por mais que eu me considere um cara novo, eu tenho 25 anos, mas já vivi umas coisas bem legais. Acho muito massa poder levar isso pras pessoas, essa visão que eu tenho da vida e eu recebo os feedbacks das pessoas que entram em contato comigo através de mensagens ou me encontram na rua e falam que tal musica mudou a vida dela. É muito importante e grandioso pra mim. Então eu sei que uma responsabilidade muito grande. Nada mais me satisfaz e faz fazer sentido tudo que eu faço, do que ver a musica na boca das pessoas. Então eu acho uma responsabilidade boa.

6 – Existe algum projeto futuro ou vai continuar trabalhando os EPs até o final do ano?

Bryan: O “Capitulo 2” sai esse ano ainda, mas a gente tem outros projetos e tem um em especifico que é muito especial mas eu não posso dizer, mas em breve vou poder falar sobre também, mas é muito legal, é uma realização de vida e eu nem acredito que aconteceu. E também podem surgir muitas outras coisas até o final do ano. Mas nosso plano mesmo é lançar o “Capitulo 2” até o final do ano.

7 – Apesar do pouco tempo de estrada, você vem se consolidando na carreira artística. Como aconteceu o momento em que você viu que a musica era sua verdadeira praia?

Bryan: Eu acho que não foi por querer, eu precisei, sabe? Por que quando a gente precisa e tu quer, isso se torna uma coisa muito grandiosa. Hoje eu digo que foi muito simples pra mim, o processo primeiro foi um pouco complicado por que eu não acreditava muito em mim, artisticamente falando. Eu trabalhava em outras coisas, trabalhava numa loja de instrumentos musicais, vendia violões, então atendia músicos o dia inteiro. Eu olhava pra aquilo e pensava: ‘cara, acho isso muito fantástico’. Aqueles caras  que tocavam nos bares no final de semana, eu achava aquilo magico, muito grandioso. Então se eu conseguisse fazer aquilo, já estava muito feliz. Então eu percebi que cada vez que eu me afastava de fazer musica, eu adoecia, artisticamente falando. Então isso foi colocado na minha frente, na minha cara, ou eu faço isso ou vou adoecer. Então pra mim ficou muito nítido quando comecei a tocar, mostrar minhas musicas pras pessoas, aquilo me alimentou, alimentou meu espirito e fez com que eu me sentisse muito vivo.

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