Erasmo Carlos recebe homenagem no Grammy Latino

A Academia Latina da Gravação^™ anunciou hoje os artistas que terão suas trajetórias homenageadas na entrega deste ano do Prêmio à Excelência Musical. Erasmo Carlos representa o Brasil no grupo seleto, que inclui ainda o músico cubano Chucho Valdés, o cantor espanhol Dyango,  o porto-riquenho e astro da salsa Andy Montañez, o cantor mexicano José María Napoleón, o dominicano Wilfrido Vargas e a cantora mexicana Yuri. Além disso, Horacio Malvicino e Tomás Muñóz receberão o Prêmio da Junta Diretiva. Todos serão homenageados na cerimônia que acontece no Four Seasons Hotel, em Las Vegas, no dia 13 de novembro, como parte da Semana da 19.ª Entrega Anual do GRAMMY^®  Latino.

“Estamos orgulhosos em celebrar este notável grupo de artistas talentosos e profissionais da música com o Prêmio à Excelência Musical e o Prêmio da Junta Diretiva. O grupo que estamos homenageando em 2018 prestou importantes contribuições à música ibero-americana, trazendo inovação e suas visões únicas para os amantes da música”, pontua Gabriel Abaroa Jr., Presidente/CEO da Academia Latina da Gravação.

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O Prêmio à Excelência Musical é concedido a artistas que contribuíram de forma inigualável com suas obras de significância artística extraordinária à música latina. O Prêmio da Junta Diretiva é dado a indivíduos que realizaram contribuições significativas no meio musical, escolhidos por meio de votação pelos membros do Conselho de Diretores da Academia Latina da Gravação.

Homenageados com o Prêmio à Excelência Musical 2018:

Erasmo Carlos é o único brasileiro a figurar na lista dos artistas homenageados pelo conjunto da obra, que na edição passeada premiou João Bosco. Cinquenta e três anos depois do lançamento de seu álbum de estreia, “A pescaria”, que trazia o hit “Minha fama de mau”, o Tremendão colhe os frutos de “Amor é isso”, seu 31º trabalho. Parceiro de Roberto Carlos em canções que ajudaram a moldar a música romântica latino-americana a partir da década de 1970, Erasmo produziu alguns dos álbuns mais instigantes da música pop brasileira. Seu álbum de 2009, Rock ‘N’ Roll, recebeu uma indicação ao Latin GRAMMY^®.  Em 2014 levou a estatueta de Melhor Álbum de Rock Brasileiro por Gigante Gentil. Combinando sucesso comercial com independência artística, Erasmo Carlos receberá a homenagem da Academia Latina da Gravação em um ano mais do que especial em sua trajetória.

Chucho Valdés – É impossível falar de jazz latino sem associa-lo ao talento multifacetado do pianista, maestro e compositor cubano Chucho Valdés. À frente do grupo Irakere e como solista eclético e prolífico, Valdés reinventou o léxico do jazz, misturando-o a música clássica, ao pop e a música de raízes afro-cubanas. Pelo grupo Irakere passaram alguns dos músicos mais talentosos da ilha, como Paquito D’Rivera e Arturo Sandoval. Em 1998, Valdés lançou-se em uma carreira solo ambiciosa, incluindo performances inesquecíveis, um emocionante álbum de duetos com seu pai Bebo Valdés (Juntos Para Siempre) e a criação da Afro-Cuban Messengers. Em 2000, Chucho e Bebo participaram de Calle 54, documentário sobre músicos latinos de jazz. Chucho Valdés já recebeu três estatuetas do GRAMMY Latino e seis do GRAMMY.

Dyango – Conhecido como “A voz do amor”, o cantor espanhol Dyango (José Gómez Romero) é um dos maiores intérpretes da canção romântica, deixando sua marca indelével em gêneros como a balada e o tango. Seu talento inato para acrescentar paixão a tudo que canta, foi reconhecido pela primeira vez na América Latina, e depois nos Estados Unidos, depois de estrelar o filme El Mundo Es De Los Jóvenes (O mundo pertence aos jovens), em 1970. Nos anos seguintes vieram sucessos como o tango “Nostalgia”, “Por Volverte a Ver” e “Corazón Mágico”.

Andy Montañez – Um dos maiores e mais criativos vocalistas da salsa porto-riquenha, Montañez tinha 20 anos quando ingressou na El Gran Combo, orquestra de salsa por excelência, na qual permaneceu até 1981, quando iniciou carreira solo. Sua independência lhe permitiu florescer como compositor e tornar-se um dos mais bem-sucedidos cantores de salsa dos anos 1980. Em 2006, recebeu o GRAMMY Latino  de Melhor Álbum Tropical Tradicional. Sempre explorando novos caminhos, passou a explorar o salsatón, fusão da sonoridade tropical com o ambiente urbano do reggaetón.

José María Napoleón – Conhecido como “O poeta da canção”, José María Napoleón foi um dos principais protagonistas do movimento musical conhecido como balada, muito popular no México dos anos 1970. Gravou seu primeiro álbum aos 20 anos e atuou em telenovelas mexicanas. Lançou vários sucessos românticos e, em 2015, com o álbum Vive, pôde revisitar seus sucesso em duetos com artistas de várias gerações, como Manoella Torres, Mon Laferte, Yuri e muitos outros.

Wilfrido Vargas – Líder de bandas que levaram o merengue, dança por excelência e estilo de música da República Dominicana, para muito além de seu país, Wilfrido Vargas é dono de uma prodigiosa discografia no gênero, que inclui sucessos poderosos como “El Africano”, “El Jardinero” e “Abusadora”. Nos anos 1980 foi um dos agentes do crescimento do merengue no mercado latino. Além de ter participado de filmes e de um reality show, aos 69 anos Vargas continua gravando e promovendo turnês.

Yuri – Uma das artistas comercialmente mais bem-sucedidas do pop latino, a cantora mexicana Yuri imprime seu impressionante alcance vocal aos mais variados estilos musicais: de baladas românticas à música cristã, passando por ritmos tropicais e rancheras de raiz. Yuri ganhou fama em toda a América Latina nos anos 1980, atuando em filmes, novelas e lançando os álbuns Esperanzas e Aire, que a estabeleceram de forma definitiva.

Homenageados com o Prêmio da Junta Diretiva 2018:

Horacio Malvicino foi um notável administrador em seu país, a Argentina, e um bem-sucedido executivo de gravadoras. Lendário guitarrista de jazz e tango, compositor e arranjador, além de colaborador fundamental do mestre Astor Piazzolla, Malvicino também formou o Quinteto de Jazz Horacio Malvicino. Vendeu mais de 2 milhões discos com versões para tangos e temas da música latina sob o pseudônimo artístico de Alain Debray. A carreira de Malvicino estendeu-se além de suas performances, como diretor artístico de gravadoras locais e internacionais, e produtor de mais de 90 filmes, peças de teatros e produções para a TV. Horacio é presidente da Associação Argentina dos Direitos dos Artistas desde 2014.

Tomás Muñoz –  Inovador executivo de gravadoras, Tomás Muñoz possui instinto infalível para desenvolver grandes estrelas da música pop. Em 1969 foi nomeado diretor administrativo da CBS Records da Espanha, gravadora na qual apoiou as carreiras de Julio Iglesias, Raphael e Joaquín Sabina, mudando a forma como a música espanhola era vista e consumida no mundo. Em 1980 mudou-se para o Brasil, onde revolucionou a forma de promover artistas como Simone, Roberto Carlos e Djavan. Como alto executivo, Muñoz tornou-se vice-presidente artístico da Sony Music América Latina, trabalhando com Roberto Carlos, Chayanne e Ricky Martin, entre outros. O trabalho de Tomás na Espanha e no Brasil contribuiu decisivamente para a formação de toda uma geração de executivos na indústria da música. Depois de publicar sua autobiografia, Muñoz permanece ativo na indústria da música, orientando jovens executivos.

A semana do Latin GRAMMY termina em grande estilo, com a 19.ª Entrega Anual do GRAMMY Latino , que acontece no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas,  dia 15 de novembro.