Eletrônica

Scorsi, um dos maiores DJs do Brasil, fala sobre o novo gênero musical ‘porrete’

Scorsi. Foto: Divulgação

Scorsi, um dos artistas mais requisitados para colaborações, remixes, trilhas e produções, é um dos maiores nomes da cena eletrônica brasileira. Ele possui em seu catálogo remixes de “Bola Rebola”, do duo brasileiro Tropkillaz com Anitta, J Balvin e Mc Zaac, da faixa “Make Me Wanna” de Selva & Zerky, passando por CIC, Zeeba, Zerb, e incluindo também o youtuber, ator e cantor João Guilherme.

Conversamos com o DJ e produtor sobre música e o início do gênero conhecido como “porrete”. Scorsi contou mais sobre o seu singleYou Don’t Know“. A música é o sétimo lançamento pela Rush Puppy Records, marca do artista.

Scorsi é conhecido por seu som único, não importando o BPM, que vai do future pop ao bass house, as faixas de Scorsi são sucessos de esmagamento em todo o Brasil e pistas de dança do mundo todo.

Confira abaixo o bate-papo:

Durante esse ano de 2020 tivemos de reinventar toda a nossa rotina de trabalho e vivencia. No que isso mais afetou no seu processo de criação?

No começo, foi uma bomba nuclear. Mas eu reaproveitei a energia desse impacto pra me tirar da zona de conforto. Eu tinha o meu workflow, processo diário, e eu passei a focar mais em idéias do que execução. Tanto nas músicas quanto nas ações em volta delas. No final das contas, foi muito bom pra mim. Tenho outro ritmo mais produtivo.

O gênero “Porrete” que surgiu durante uma de suas lives como brincadeira, acabou dando muito certo. Você pretende investir e fazer novas tracks nesse estilo?

Eu fiz algumas edições produzindo músicas do zero, e sempre brincava com o estilo que seria. O lance do porrete foi uma piada por ser algo mais impactante. Isso vazou da live para grupos de whatsapp, instagram e acabou “apadrinhando” essa versão abrasileirada do bass house. Eu já lancei algumas pela minha gravadora e já tenho mais 5 agendas para o ano que vem, inclusive mais algumas de outros artistas. O legal que estamos criando uma comunidade com isso, e cada vez mais artistas estão fazendo esse tipo de som. A minha gravadora, RushPuppy Records, já tem calendário até julho de 2021, 99% é porrete.

Durante a quarentena você ficou mais ativo com seu público por meio de vídeos e livestream, isso é algo que você pretende continuar no próximo ano?

Eu tive um pico inicial de lives, que foi muito legal. Acho que devo seguir com algo mais segmentado, projetos especiais, até parcerias com marcas. Mas o foco principal são as músicas.

Além de poder tocar em shows, o que mais te fez falta nesta quarentena?

Abraço dos amigos. Que falta que isso faz. E do carro do churros que passava na minha rua, 9 meses que não vejo o Sr Esteves. Saudades

Você já trabalhou em remix de faixas de grandes artistas como Tropkillaz, Alok, Selva & Zerky, podemos esperar mais parcerias no ano de 2021?

Todas as parcerias começaram com os remixes. Alok me pediu remixes dos 3 maiores hits, Hear me Now, Love is s Temple e Big Jet Plane, depois acabamos fazendo juntos o remix de Ocean, que ele toca até hoje. Com Autograf foi a mesma coisa, me pediram remix de uma música, e depois acabamos fazendo a Waiting juntos. Tropkillaz o caminho segue o mesmo, fiz o remix de Bola Rebola (com Anita e J Balvin) e agora estamos trabalhando em uma original juntos.  Tenho mais algumas colaborações com artistas novos da cena e alguns projetos com artistas de fora. 2021 nem começou e eu já to amando. 

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