Música
el escama fala sobre novo single “Suspensão Voluntária da Descrença”, novo álbum e mais
Nascido em São Paulo, el escama compõe e toca desde jovem.
O artista já trabalhou em um estúdio de gravação em Londrina, no Paraná, mas acabou retornando para São Paulo, onde começou a trabalhar em suas próprias músicas.
el escama lançou sua música “Suspensão Voluntária da Descrença” em agosto e amanhã lança o single “Estilhaços”, ambas farão parte do seu segundo álbum de estúdio.
Confira o nosso papo com o artista nacional:
1. “Suspensão Voluntária da Descrença ” é o primeiro single do seu novo álbum, por que essa música como escolha?
Ela é uma boa carta de apresentação do disco. Possui vários elementos presentes nos conceitos estéticos que busquei pra esse novo trabalho. Tanto musical quanto textual. Até aqui quem respondeu foi o compositor, onde tenho mais propriedade. Como toda composição carrega muito do nosso coração, fica difícil escolher uma só pra divulgar, por isso, procurei um certo afastamento desta parte e deixar pra galera que manja mais de marketing, estratégias e mercado musical me ajudar. Mas, confesso, que não consegui ficar tããão longe, rs.
2. Suas letras são densas e com mensagens, qual o seu o processo de composição?
A composição não tem regra e eu gosto de mudar o processo pra manter a sensação de insegurança durante a criação. Sobre as letras densas, é uma maldição minha, rs. Primeiro, que eu gosto de letra de música, né? É uma coisa que sempre me chamou a atenção enquanto ouvinte. E tive a sorte de ter sido exposto a uma dose cavalar de artistas com essa pegada profunda na minha formação. Também acho que contribui o hábito de ler livros e quadrinhos.
3. Com a volta de grandes festivais para o Brasil, como você enxerga a cena para artistas independentes?
Tava falando sobre isso outro dia. Fazendo um comparativo sobre o Brasil ser extremamente desigual também nessa oferta de shows. Ou são esses festivais gigantes ou casas de shows minúsculas. Acho que falta valorizar melhor a cultura do midstream por aqui. É uma fatia do bolo que pouca gente no mercado tá pegando. Fica difícil manter uma carreira independente no Brasil e olha que moro em São Paulo! Onde a cena é rica, diversa e criativa. Porém, o cenário parece que regrediu. O que é uma pena, porque a energia do ao vivo não tem algoritmo que replique e é ali que a cena acontece e sempre vai acontecer.
4. Seu próximo lançamento acontece amanhã (27/09), o que podemos esperar dele?
“Estilhaços” é uma composição antiga que quase entrou no meu primeiro disco. Ainda bem que não rolou porque ela conversa muito mais com a temática do novo álbum. Por aqui, ganhou o apelido de “valsinha fake”, porque me leva pro cenário imaginário de um coreto noturno quando toco ou escuto. Na real, é uma balada retrô quase assombrada por um velho violão de nylon que encontramos no Estúdio Canoa e gravado com um microfone de qualidade, digamos, alternativa. Fala sobre como somos atropelados pela natureza viral das redes, por assuntos que não queremos ver e, mesmo assim, parece que somos obrigados a emitir opinião sobre todos eles. Resumindo, pode esperar mais densidade, viu?
5. E do álbum? O que pode adiantar sobre?
Ele vai trazer esse tema das redes sociais em todas as canções. Antigamente, eu chamaria isso de “álbum conceitual”, hoje em dia, não sei se ainda faz sentido. Experimentei processos de composição, pré-produção, gravação e pós-produção diferentes, com um núcleo criativo mais fechado. O resultado é um som com novos elementos protagonistas como teclados, programações eletrônicas e pedais de efeito vintage. As linhas vocais continuam uma obsessão minha e estão mais ousadas. Pessoalmente, acho que estou mais à vontade no estúdio e isso foi importante para sugerir melhores direcionamentos e soluções. É um álbum mais maduro, mais sério e esse é meu último disco.
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