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‘É uma música que fala muito mais sobre paixão do que sobre amor’: Bryan Behr lança novo single ‘Não vejo a hora’
Bryan Behr já estava dando sinais nas suas redes sociais que estava preparando novidades. Sempre surpreendendo, o artista que acaba de ter sua primeira indicação ao Grammy Latino, com melhor álbum pop contemporâneo de língua portuguesa, presenteia o público com seu novo trabalho “Não vejo a hora”.
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“Não vejo a hora de ver o mar salgado a te banhar, sabendo que à noite eu devo mergulhar na chuva doce que cai na tua cama. Eu sonho tanto em escalar teu corpo devagar, te ouvir jurar tudo que não pode me dar, mesmo sabendo que eu levo a sério”. Assim, é um dos trechos da canção que fala de desejo e provocação, mas com a pegada poética e única de Bryan, e que tem tudo para virar trilha de muitos encontros, flertes e romances.
“Esse trabalho é bem diferente de tudo que já fiz. Além de um novo caminho de produção, ele também é mais visual e marca uma nova etapa da minha carreira, não só para os meus fãs, mas para todas as pessoas que já tiveram contato com minha música. Desejo que o público curta muito e se divirta comigo nesse novo momento, assim como me diverti produzindo esse single com o incrível Paul Ralphes e com meu amigo e grande produtor Davi Carturani”, comenta o cantor.
O clipe assinado pela CAVE e com direção de Hideki Onuki, foi gravado no centro de São Paulo. Nele Bryan protagoniza um flerte cheio de segundas intenções com a vizinha que mora no prédio em frente ao seu, interpretada pela atriz e modelo Liandra Guimarães, em cenas provocantes e cinemáticas que vão prender a atenção do público e acender sua imaginação.
“’Não vejo a hora’ é quente. É calma, pesada, abafada. É SP 40 graus. Nesse single, pudemos trazer um lado do Bryan nunca visto anteriormente, sem deixar de lado o universo de todo seu material. Seu interesse pelos astros é repentinamente interrompido pela curiosidade de saber quem é sua nova vizinha. Através de suas janelas, eles cruzam olhares e interações. Em uma ‘falha no tempo’, vemos as coisas se desenrolarem de forma inusitada. Entre várias outras palavras chave em comum que encontramos em uma de nossas dinâmicas criativas, escolhemos a dedo as sensações que queríamos inserir no clipe, trazendo exagero e intensidade para certos elementos visuais e narrativos”, comenta Hideki Onuki, diretor da CAVE.
Com o início do novo ciclo Bryan anuncia o encerramento da turnê “Todas as coisas do coração” com um show de despedida na Casa Natura, em São Paulo, no dia 03 de novembro. O artista adianta que o novo single estará no repertório dessa apresentação, para fechar com chave de ouro a tour que emocionou várias cidades do país.
Confira a entrevista com Bryan Behr:
“Não Vejo a Hora” é o seu novo lançamento, conta um pouco sobre o processo de composição e inspirações?
Bryan: “Não vejo hora” é uma música que fala muito sobre desejo. É uma música que fala muito mais sobre paixão do que sobre amor. E é um jeito de compor, de arranjar música muito diferente do que eu vinha fazendo. Por isso que achei que “Não Vejo A Hora” era a música perfeita pra abrir as portas desse novo momento, dessa nova fase que tá por vir. E eu escrevi ela muito, muito rápido. Ela nasceu em 5 minutos, foi bem maluco. Eu já tava há dois anos trabalhando nesse disco novo que tá pra sair, foi quando surgiu “Não Vejo A Hora”, eu já sabia que era um novo momento, que eu tava criando uma coisa diferente e nova. E ela era tão boa que não tinha como não estar presente nesse trabalho, sabe? Então, foi muito especial ter escrito ela, ter colocado ela no mundo de uma forma tão genuína, tão rápida assim.
Além do single, o clipe dele também já chega ao Youtube. Como foi esse processo de criação e edição? Você deu detalhes de como queria?
Bryan: Sim, eu acho que como qualquer outra coisa do meu trabalho, eu sempre gosto de estar muito presente e de compreender tudo que está sendo construído, sabe? Eu tenho um carinho muito grande pelas pessoas. Pessoas que acompanham meu trabalho, eu sei o quão importante todas as coisas são para elas. Então quando você olha para a letra da música, quando você olha para o jeito que ela foi arranjada e principalmente para o videoclipe, você vai encontrar várias camadas. As pessoas que me acompanham há muito tempo, elas compreendem que tem muitas coisas escondidas nos clipes que fazem muito sentido com todas as coisas que eu já vivi, com as coisas que estão por vir, quando eu saí, tudo isso vai fazer até mais sentido do que faz agora, sabe? Então eu tô muito feliz, porque chegou num lugar tão bonito quanto o que eu imaginava no começo.
Esse é um trabalho bastante diferente de todos que você já fez e marca uma nova etapa na sua carreira. O que ele representa para você e o que o público pode esperar?
Bryan: É uma música que conversa muito com a minha essência, porque acho que essa coisa do desejo, principalmente da paixão, é uma coisa que todo mundo sente, né? Eu só não trazia isso para as coisas que eu lançava e tudo mais, mas sempre foi muito presente. Eu sempre escrevi sobre isso, sempre criei em cima disso e é um sentimento muito genuíno. Essa coisa do desejo, da fantasia, está presente em todo o mundo. Quem nunca teve uma fantasia com alguém ou imaginou a vida do lado da pessoa, não é? Eu acho que não foi tão desafiador, porque eu acredito que as pessoas vão sentir isso de uma forma muito verdadeira, que é um sentimento muito verdadeiro.
Sobre sua indicação mais que merecida ao Grammy Latino, como você recebeu a notícia?
Bryan: Eu não esperava. Eu estava em casa quando recebi a ligação e foi um susto. Achei que era pegadinha. Acho que não poderia ter sido num disco mais importante para mim do que esse ao vivo. O disco é completamente ao vivo e a gente gravou no dia que era o dia de retorno aos palcos, né? E ter sido indicado com esse disco, que foi praticamente um dos meus primeiros shows da minha vida, foi de uma importância muito grande. As pessoas estão enxergando as coisas que eu estou dizendo, as mensagens que eu estou passando, então eu acho que foi o maior barato essa indicação ao Grammy.
Com o início dessa nova fase, vem o encerramento da turnê “Todas as coisas do coração”. O que esse ciclo representou para sua trajetória? Tem algum momento mais marcante?
Bryan: Foi incrível! Acho que o momento mais marcante foi o início, que foi a gravação do projeto audiovisual. Ter conhecido várias cidades foi muito maravilhoso. E eu estou encerrando uma turnê pela primeira vez. Eu nunca fiz isso, então é muito sensacional.