Brasil
Djavan é o ganhador do Prêmio UBC 2021
”Eu quero ver o pôr do Sol, Lindo como ele só, E gente pra ver, e viajar, No seu mar de raio”. Estes e outros versos imortais de Djavan darão o tom de uma merecida homenagem ao compositor e cantor alagoano. A União Brasileira de Compositores (UBC) realiza a quinta edição do Prêmio UBC, reverenciando a carreira e a vida de um gigante da nossa música. Autor de mais de 300 obras, Djavan receberá o Prêmio do Compositor Brasileiro, dia 07 de outubro, em transmissão ao vivo pelo canal da UBC no YouTube .
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A União Brasileira de Compositores, maior sociedade de gestão coletiva de direitos autorais do país, criou o Prêmio UBC em 2017. Na estreia, o homenageado foi Gilberto Gil. Nos anos seguintes, Erasmo Carlos, Milton Nascimento e Herbert Vianna receberam a honraria. Agora, o Prêmio do Compositor Brasileiro segue em boas mãos. “Djavan é um artista capaz de transitar por vários estilos musicais e jamais deixar de ser o maravilhoso Djavan, que, com sua magia, conquista a todos, como compositor e como intérprete“, afirma Paulo Sérgio Valle, diretor presidente da UBC e compositor de centenas de canções.
Prêmio UBC terá apresentações de 10 grandes nomes da música brasileira
O Prêmio UBC 2021 contará com apresentações ao vivo de 10 estrelas da música brasileira, que interpretarão versões inéditas de canções de Djavan. Com direção musical de Zé Ricardo, a cerimônia será gravada diretamente na “Casa UBC“, localizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Sem perder a essência da premiação, celebrando a obra de Djavan e os grandes sucessos de sua carreira. O line-up formado por diferentes gerações da nossa música tem os nomes guardados a sete chaves e será surpresa até para o homenageado.
Além de colecionar fãs no Brasil e no exterior, Djavan também tem o reconhecimento da indústria musical, especialmente de seus colegas compositores. Diretor da UBC, e homenageado no Prêmio de 2018, Erasmo Carlos conta que é um grande admirador do artista. “Quem foi que disse que um artista não é fã do outro? (risos) Eu sou fã do Djavan! Sua poesia única, cheia de nuances pessoais e improvisos geniais, me fazem refletir sobre a beleza do belo e a natureza do amor de um jeito que eu pareço sair de mim e me esbaldar no imaginário das coisas boas e no encantamento prazeroso da vida. O suingue do meu amigo faz dançar até os mortais mais preguiçosos do universo”, afirma o Tremendão.
Vencedor de dois troféus do Grammy Latino, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa, Djavan está no topo do ranking dos maiores rendimentos no segmento de Música ao Vivo (bares, restaurantes, hotéis e clubes) entre todos os compositores brasileiros.
Ao mesclar pop, jazz, MPB, blues e sonoridades africanas, Djavan fez da versatilidade a sua marca. O resultado das canções ecléticas do artista – que aprendeu a tocar violão sozinho – são, em grande maioria, músicas sobre a beleza e a vibração da natureza, do amanhecer ao pôr do sol.
Muito além da música, cerimônia refletirá a estética solar de Djavan
Inspirado nas letras do artista, especialmente em “Lilás”, o diretor de criação do Prêmio UBC 2021, Ricardo Leite, conta que, apesar de desafiadora, a construção do projeto foi prazerosa. “Djavan transita entre estilos variados. Nosso desafio foi dar forma visual à sua poesia e à sua arte. Ele mesmo nos deu o caminho, com tons e cores que fazem parte das suas lindas canções que iluminam o nosso dia-a-dia’, afirma.
A diretora de arte e cenógrafa Susana Lacevitz, revela detalhes sobre a ambientação do Prêmio. “Dentro da ‘Casa UBC’ é como se estivéssemos sempre vendo a linha do horizonte. Ela vai se transformando com a luz e, no decorrer do show, vamos ter elementos como o nascer e o pôr do sol e o anoitecer. Tudo é gerado em cima da iluminação da linha do horizonte”, conta Susana.
303 obras registradas em mais de 45 anos de carreira
Aos 72 anos, Djavan soma 303 composições registradas. Boa parte delas forma o repertório dos 25 álbuns e diversas coletâneas que compõem sua discografia, inaugurada com “A Voz, O Violão, A Música de Djavan”, lançado em 1976, pela Som Livre.
Desde então, o talento autoral de Djavan também ganhou as vozes de intérpretes como Gal Costa, Elba Ramalho, Zélia Duncan, João Bosco, Chico Buarque, Caetano Veloso e Ney Matogrosso. Entre os grandes sucessos do compositor estão músicas que entraram no imaginário da cultura popular brasileira como “Oceano”, “Sina”, “Te Devoro”, “Samurai”, “Lilás, “Se…”, “Azul” e “Meu Bem Querer”.