Ela dança, canta no idioma que quiser, tem cabelos impecáveis e presença de diva latina. Só que não existe, pelo menos não em carne e osso. Zayra Nouvah é uma cantora criada 100% por inteligência artificial, desde a voz até o videoclipe, e já começou a atrair fãs. Por trás da artista digital está Fábio Santana, criador do perfil “Sou Eu Na Vida”, que decidiu transformar memes e emoção em música com alma, mesmo que programada.
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“Zayra Nouvah é uma cantora virtual criada por inteligência artificial, mas com alma emocional programada. Ela tem um universo próprio, uma estética visual marcante, músicas originais e uma presença que mistura diva digital com vulnerabilidade humana”, diz o criador, conhecido por traduzir o cotidiano da vida adulta em memes.
Zayra acaba de lançar o clipe da música Préndelo, com beat latino e vocais sensuais. Fábio comanda tudo nos bastidores: cria a letra, testa arranjos com IA, escolhe o visual da cantora e roteiriza o clipe.
“Em média, levo 5 horas para finalizar um projeto. A música pode sair em poucas horas com a letra pronta, mas o refinamento, videoclipe, capa e identidade visual levam mais tempo. Tento manter o padrão de qualidade alto.”
O nome da personagem não foi gerado ao acaso. “Zayra vem da palavra árabe zahrā’, que remete a flor, brilho e energia feminina. Já Nouvah é uma versão estilizada de ‘Nova’, simbolizando o nascimento de uma nova era artística — uma nova voz, criada digitalmente, mas com potência emocional real.”
A estreia de Zayra causou mais do que curtidas. Teve quem se emocionou e teve quem ficou assustado. “Já recebi elogios do tipo ‘amei’, ‘essa música me tocou’, críticas como ‘parece real demais, isso assusta’. Teve gente que achou que ela era uma cantora real desconhecida.”
A reação que mais surpreendeu Fábio foi a conexão imediata do público. “Uns dizem que já viraram fã, chamam de ‘diva’. Outros se assustam por ser um talento numa IA. E tem também os que querem aprender a fazer igual.”
“Quero inspirar criadores a experimentarem, a não terem medo da IA. Mostrar que é possível usar essas ferramentas para criar arte, para tocar pessoas, para contar histórias novas. Meu desejo é ser parte ativa desse processo: um canal de expansão, alguém que não só cria, mas incentiva outros a criarem também.”
Quem acompanha Fábio pelo perfil @soueunavida pode se surpreender com a virada para o universo musical digital, mas a ideia não surgiu do nada. Foi ao criar o perfil @soueu.ia — que alcançou mais de 450 mil seguidores em poucos dias — que Fábio percebeu o potencial criativo da inteligência artificial em escala. A página, dedicada a mostrar o lado leve e humano da IA, evoluiu a ponto de despertar um novo insight: “E se uma cantora nascesse a partir dessa inteligência? Uma voz, uma estética, uma alma digital?”
Assim surgiu Zayra Nouvah — não como um experimento isolado, mas como extensão natural de uma jornada criativa que já misturava humor, tecnologia e afeto digital.
Mesmo sem formação musical tradicional, ele sempre teve a música no radar. “Sou um amante de música. Sempre gostei de escrever letras, frases, memes. Gosto de imaginar trilhas sonoras para momentos da vida. A diferença é que agora, com a IA, consegui transformar tudo isso em algo real, palpável e distribuível.”
E o visual? Fábio não queria apenas mais um avatar genérico de IA. “Fui criando aos poucos, ajustando, testando comandos. Queria uma artista com um cabelo marcante — pensei no rosa logo de cara. Sabia que ela seria morena, latina, com presença forte. Passei por vários visuais diferentes até chegar na Zayra como ela é hoje. Quando vi, soube: é ela.”
O álbum de estreia, Synthetic Soul, já foi lançado. Faixas como Dame Más e Beijos com Veneno estão disponíveis. Fábio também planeja shows virtuais, com clipes interativos, avatares 3D e até coreografias sincronizadas em tempo real. “A ideia é que ela ultrapasse o formato de vídeo e ganhe vida digital.”
Outros personagens virtuais já estão no forno. “O universo da Zayra é só o começo. Já tenho rascunhos de outros artistas virtuais com vozes únicas, histórias e estilos próprios.”
Sobre a eterna briga entre humano e máquina, Fábio é direto. “Zayra não veio para substituir ninguém. Veio para expandir o que a arte pode ser. A emoção que uma música gera não depende de como ela foi feita, e sim de como ela te toca. A IA é só uma nova ferramenta — o que faz a diferença é o olhar humano por trás. No fim, a Zayra é uma criação minha, feita com alma, mesmo que programada.”
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