Brasil

Coruja BC1 enaltece São Paulo e resgata a essência do rap nacional em seu novo EP ‘Versão Brasileira VOL.1’

Foto: Divulgação

Desde seu último e aclamado álbum “Brasil Futurista” (2021), o cantor e compositor Coruja BC1 tem o propósito de firmar ainda mais a diversidade dentro do universo da música urbana. Nesta quinta-feira, dia 15, o músico nascido em Osasco, disponibiliza seu mais novo EP: “Versão Brasileira VOL.1”, resgatando toda essência do rap e valorizando ainda mais a riqueza cultural de São Paulo. Esse é o primeiro EP em parceria com a KondZilla, gravadora que assinou no final de 2022, onde já lançaram dois singles, Placa Clonada e Laroyê.

“Em ‘Brasil Futurista’ eu apresentei uma tentativa de encontrar a identidade brasileira dentro do meu rap. Desde então venho com esse propósito. No meio desse processo, assisti um documentário chamado “Sujo”, da Funk Fockers Crew, de Ribeirão Preto de breaking, onde eles dançavam em um ferro-velho abandonado. Era incrível! Aquilo me inspirou e senti que precisava soltar um projeto mais sujo, algo com a cara de São Paulo. Um resgate, onde a galera fechando os olhos se sinta pela cidade, se sinta pelas ruas de Osasco”, explica Coruja BC1.

Assim nasceu o Versão Brasileira VOL.1, uma parceria com o produtor e DJ MaxNosBeatz, que apresenta uma estética musical com microfones dinâmicos, captando os sons mais próximos a ele, rejeitando os ruídos de fundo, para dar uma “sujeira” no áudio. As canções têm as características dos raps proibidos de São Paulo e da Baixada, misturando o drill, o funk, e ao mesmo tempo elementos de outros ritmos como reggae, e samples transformados em batidas.

“‘Sampleamos’ coisas que gostamos no rap, como Capítulo 4, Versículo 3, dos Racionais; e Oitavo Anjo, de 509-E; e transformamos em drill. Pegamos o que a gente admira e que foi essencial para nossa formação como MC, e criamos novas músicas. Brincamos com os beats, trazendo uma estética para a pessoa que ouvir ver a cara da periferia de São Paulo. A cara de Guarulhos, a quebrada do Max, e de Osasco, a minha quebrada”, completa.

O EP começa acelerando com uma moto em Proibidão, trazendo batidas de funk para mostrar o que vem pela frente. Versão Brasileira apresenta um flow impecável, exaltando a cultura nacional, com participação de Febem, expoente nome do brime (movimento brasileiro do grime, subgênero do hip hop) e a revelação do rap, a talentosíssima MC Luanna. Outro destaque da cena musical, Rincon Sapiência chega em Casinha com uma rima perfeita e um ritmo contagiante.

Em K.dot Da Shein, seguido por M16, Coruja BC1 e DJ MaxNosBeatz refletem sobre a realidade diária da periferia, em um protesto e relato da ascensão social. Em Cerol, o músico mostra a importância de valorizar o rap nacional, que mesmo sendo um ritmo norte americano, apresenta a realidade daqui, soando o mais brasileiro possível. Drip De Bandz é um feat com o carioca Akira Presidente e Sena MC, quetraz as conquistas e o cotidiano das ruas. Corpo Fechado é um funk feito em parceria com Neguinho do Kaxeta, uma relíquia no ritmo em São Paulo. Fechando o EP chega Intro, mostrando que esse é só o começo desse projeto que deixa claro: “Avisa o Herbert Richer que essa é a versão brasileira!”. 

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