Pop
Como o pop alternativo tem conquistado o grande público e se firmado no mainstream
Se você parar pra pensar, o modo como a música pop se comporta de geração para a geração, é algo para se analisar, já que está em constante mudança. Se no fim de 2019 e em 2020, nós vimos a música disco invadir o mainstream, parece que já estamos caminhando para um outro lado nessa temporada de novos lançamentos.
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Desde o ano passado, com o lançamento de ‘folklore’ da cantora Taylor Swift, um dos maiores nomes no mercado musical, tanto no quesito aclamação como vendas também, foi observado que músicas com instrumentos mais orgânicos, sentimentais e pessoais poderiam começar a dominar as paradas.
Seus dois álbuns, lançados no ano passado são completamente diferentes sonoramente se comparado à seus últimos trabalhos, e os singles como ‘cardigan’ e ‘willow’ mostram uma Taylor muito mais pessoal do que antes.
O álbum da cantora, que sempre lançou musicas country ou pop, mas sempre voltadas para o mercado mainstream, foi uma quebra no ciclo de materiais da cantora e da indústria também. Com um álbum completamente alternativo, explorando um lado folk e zero comercial, Taylor parecia estar avisando que a música pop estava entrando em uma nova fase, já que muitos artistas tem surfado nessa onda.
Um outro nome também parece que vai seguir esses passos, e já mostrou sua força nesse inicio de ano. A estrela Olivia Rodrigo, da série ‘High School Musical: The Musical. The Series’, lançou na semana passada seu primeiro single, ‘drivers license’ que explora justamente todo o universo do pop mais pessoal e ‘soft’, que tanto tem dominado o mercado.
Sua música quebrou recordes no Spotify dos EUA, com os números de execuções e ficou em primeiro lugar nas faixas mais vendidas do mundo. A cantora inclusive teve a aprovação de Taylor com seu lançamento, já que a cantora comentou ‘essa é minha garota’ no post de Olivia que é fã declarada de Swift em relação ao sucesso de seu novo trabalho.
O vídeo que já tem mais de 27 milhões de visualizações em menos de 10 dias, mostra a força que esse segmento tem tomado. A cantora demonstra em uma música melancólica, a história de seu amor perdido, nos levando aos sentimentos mais íntimos da artista com uma composição que a mesma fez por inteira.
O cantor Zayn que também lançou recentemente seu último trabalho solo, o álbum ‘Nobody is Listening’ também mostrou que está trabalhando nessa mesma área. Seu novo disco é considerado pela crítica como o seu trabalho mais maduro, e pessoal da carreira. O cantor aborda temas pessoais e desilusões amorosas de sua vida, em músicas R&B, misturadas com um leve eletro-pop, bem menos agitadas como seus lançamentos anteriores.
Bem diferente do que vimos no ano passado, onde o cenário do pop foi dominado pela música disco e suas influências, como por exemplo os álbuns ‘Future Nostalgia’ de Dua Lipa e ‘Chromatica’ de Lady Gaga, e até o single de Miley Cyrus ‘Midnight Sun’, que abordam fortemente as influências dos anos 80, vemos os artistas migrando para algo mais introspectivo, pessoal e autoral.
A questão é que nem todos os cantores podem migrar para esse segmento de fato, pois a maioria das estrelas da indústria não compões suas músicas e trabalham com produtos feitos para vender no mercado, como por exemplo a cantora Ariana Grande, um dos grandes nomes em streaming, lançou um álbum que de acordo com a crítica ‘foi feito basicamente para playlists de Spotify’ e não abordavam nada pessoal ou extremamente inédito, mas o R&B que Ariana sempre faz, e que tem seu grande público.
Só o tempo ao longo do ano nos permitirá saber se os grandes nomes da indústria irão se firmar de fato no mundo do pop-soft que vem sendo criado ou se esse será mais uma das grandes rápidas passagens e transformações que a música pop sofre constantemente, já que o segmento mainstream reflete muito à moda e trending dos momentos. E você, o que acha?