Rap/Hip Hop
Começa julgamento de Sean ‘Diddy’ Combs por tráfico sexual e extorsão nos EUA
Começa nesta segunda-feira, 5 de maio, o julgamento de Sean “Diddy” Combs, um dos nomes mais poderosos, e agora mais polêmicos, da música americana. O produtor, empresário e rapper, que já foi sinônimo de luxo e sucesso, agora enfrenta acusações gravíssimas que podem colocá-lo atrás das grades por décadas.
- Começa julgamento de Sean ‘Diddy’ Combs por tráfico sexual e extorsão nos EUA
- Diddy recusa acordo em processo federal de tráfico sexual e extorsão
- Snoop Dogg anuncia novo álbum gospel ‘Altar Call’ em homenagem à mãe
De acordo com o processo aberto pela Justiça Federal dos EUA, Diddy é acusado de comandar, por cerca de 20 anos, uma rede de tráfico sexual, extorsão, trabalho forçado e exploração. Relatos de vítimas, que agora ganham voz dentro do tribunal, apontam que o artista usava sua influência, poder financeiro e fama para manter um esquema sofisticado de abusos, envolvendo inclusive transporte de mulheres entre estados e ameaças para que se mantivessem em silêncio.
Os famosos “Freak Offs”, festas privadas organizadas por Combs, teriam sido palco de muitas dessas situações. Segundo denúncias, mulheres eram drogadas e obrigadas a participar de atos sexuais, muitas vezes gravados e usados como forma de chantagem. Os relatos são impactantes e expõem uma face sombria da indústria.
Entre os nomes mais conhecidos envolvidos no caso está a cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy. Ela processou o artista por abuso físico e sexual, e embora o caso tenha sido encerrado fora dos tribunais, um vídeo vazado em 2024, que mostra Diddy agredindo Cassie em um hotel, acendeu um alerta que nem os fãs mais fiéis conseguiram ignorar.
Combs, que permanece preso desde setembro do ano passado, teve pedidos de liberdade negados mais de uma vez. As autoridades temem que ele tente interferir no processo, já que teria tentado contatar testemunhas enquanto estava detido.
Durante a audiência de hoje, o juiz federal Arun Subramanian começou os trabalhos de um julgamento que deve se estender por pelo menos oito semanas. A expectativa é de que vítimas subam ao banco das testemunhas para relatar, com detalhes, como era viver sob o controle de uma figura tão poderosa.
A defesa de Diddy nega todas as acusações, alegando que as relações eram consensuais e que as denúncias são movidas por interesses financeiros. Ainda assim, a gravidade dos relatos e o número crescente de supostas vítimas — algumas fontes indicam que podem ser centenas — tornam esse um dos casos mais sérios envolvendo uma celebridade nos últimos anos.
De símbolo do império Bad Boy a réu em um dos julgamentos mais esperados de 2025, Diddy vê sua trajetória virar manchete de tribunal. O que está em jogo agora não é apenas sua liberdade, mas o legado de uma carreira construída ao longo de três décadas e que pode terminar com um veredito devastador.