O projeto I LOVE CHÁ, que reuniu os shows de Preta Gil, Rouge e Valesca Popozuda aconteceu na noite de sábado, 4, no novo espaço do FM Hall, na Marina da Glória. Apesar de não lotar o local, o público presente fez barulho e demonstrou devoção às artistas que são fãs, em especial o grupo Rouge, que – desde o retorno aos palcos, em uma outra edição do Chá da Alice, em outubro de 2017, atrai multidões de admiradores e um público extremamente apaixonado e fiel pelas meninas, Aline Wirley, Luciana Andrade, Li Martins, Fantine Thó e Karin Hils.
Luka lança música e clipe de ‘Fuego en la casa’
O Chá da Alice já é um evento tradicional e popular na cidade do Rio de Janeiro e já teve edições com artistas como Pabllo Vittar, Xuxa, Anitta, Ludmilla, Luka, Claudia Leitte e as próprias atrações da noite: Preta Gil, em sua quinta edição, Rouge, em sua segunda participação e Valesca, na terceira. A cantora Pabllo Vittar marcou presença VIP nesta edição da festa com um visual bastante despojado, sem maquiagem e uma boa dose de simpatia. Como sempre, ela foi bastante festejada pelo público.
Preta Gil:
Preta Gil foi quem abriu os trabalhos do I LOVE CHÁ, edição de maio, no Rio, por volta da meia-noite. A cantora, de 43 anos, empolgou a plateia do início ao fim do seu show, que teve no repertório hits como “Decote”, “Sinais de Fogo” e “Stereo”. O figurino da artista mesclava tons de preto com dourado e abusava do brilho, já que por onde passa, Preta faz questão de marcar presença e deixar o seu recado. Desta vez, o discurso era contra a homofobia e à favor da igualdade de direitos, prezando pelo respeito aos homossexuais.
No repertório, além de músicas de própria autoria, ela foi do samba ao funk, com momentos de música sertaneja e forró. Teve Luiz Gonzaga, “Regime Fechado” e “Loka”, de Simone & Simaria, “Corpo Sensual” e “K.O.”, de Pabllo Vittar e mais. Além do set recheado de canções populares hoje em dia para incendiar a apresentação de Preta, a própria cantora já faz é o fogo por si só. Bastante simpática e solícita, ela chamou – duas vezes – fãs para subir ao palco, cantar e dançar com ela, mostrando que, com ela, não tem disso de estrelismo e não-me-toque.
A apresentação de Preta Gil seguiu os moldes das exibições do Bloco da Preta, popular bloco de Carnaval do Rio, adaptado e mais produzido para uma locação fechada, com efeitos de luz, telão e cenografia mais elaborados.
Rouge:
O Rouge foi a segunda atração da noite e, apesar do atraso de mais de uma hora, o grupo foi recebido de braços abertos pelos fãs ao iniciar seu repertório com “Blá blá blá”. É inegável dizer que as meninas do Rouge são um sucesso por onde passam. A girlband formada em 2002 através de um show de talentos foi um estouro logo que surgiu para a grande massa de público que ainda é fã do grupo que, na época, era criança ou pré-adolescente. As músicas do quinteto paulista se dividem entre versos de amor e baladas bem pop. Desde que retornaram, em 2017, Aline Wirley, Luciana Andrade, Li Martins, Fantine Thó e Karin Hils seguem com a agenda lotada de compromissos, causando alvoroço onde quer que estejam.
Bem comunicativas, as artistas dividem o espaço e momento de brilhar no palco muito bem. Umas mais, outras menos, mas todas dialogam e interagem com os fãs, tocam em suas mãos e, enquanto estão apresentando o show, se conectam intimamente com o público, que fica histérico com cada coreografia ou discurso das cantoras. “Vocês estão felizes? Levanta a mão aí”, perguntou Luciana durante “Beijo Molhado”, incentivando a plateia a puxar um coro de palmas nada sincronizado, mas cheio de adoração pelas ídolas.
Entre beijos e agradecimentos ‘fofos’, as meninas passearam pelo início da carreira e privilegiaram os sucessos dessa fase, com canções como “Não dá pra resistir”, “Um anjo veio me falar”, “Sem Você”, “Olha o que o amor me faz” e “Nunca deixe de sonhar” sendo cantadas em coro e fazendo os fãs mais apaixonados irem às lágrimas, tamanha era a emoção. “Rouge, eu te amo! Rouge, eu te amo!”, o público vibrava.
Antes de apresentar “Bailando”, um dos singles – junto com “Confia em Mim” – da atual fase, Fantine bateu cabelo e arrasou ajoelhada no chão ao som de “Baby Boy”, da diva Beyoncé. Mas vocês pensam que as meninas do Rouge são só pop? Nada disso! Teve (e muito) alguns minutos com remixes de funk para as meninas – e a multidão – e acabarem dançando, afinal, era uma festa. E que festa!
Pra encerrar com os ânimos lá no alto, a trinca final veio com “Popstar”, “Brilha la Luna” e “Ragatanga”, para alegria geral e muitos corpinhos fazendo a mesma coreografia que as divas do Rouge.
Veja um trechinho de “Ragatanga”:
Valesca Popozuda:
Valesca é rainha, né mores? Pouco após as 3h30, a diva do funk carioca subiu ao palco do FM Hall para desfilar sucessos do gênero, entre canções próprias e versões de hits bem acolhidos e populares. Logo de cara, a loira já deu o tom da madrugada: “Que tiro foi esse, que tá um arraso?!”
Com um roupão e body vermelhos, cabelos presos e maquiagem bem marcada, a Popozuda não economizou o ‘pancadão’, funk raiz mesmo, e colocou toda a casa para se jogar no funk. E haja disposição, viu? A musa, beirando os 40, dá uma aula de sensualidade e originalidade, aliados a um carisma invejável. Valesca é o que é. Sem retoques, sem filtros, sem disse-me-disse. A cantora fala sim o que pensa, mas não desce do salto pra rebolar o bumbum e valoriza os fãs como poucos artistas com tal bem-sucedida carreira que ela tem. Isso explica a fidelidade dos PopoFans.
No repertório, os destaques foram para “Depois Que Eu Conheci o Mandela” (MC Kekel), “Cara Bacana” (MC G15), “Não Encosta” (Ludmilla), “Agora Eu Sou Solteira”, da época da Gaiola das Popozudas, “Late Que Eu Tô Passando”, “Desce um Gin”, “Viado”, “Pimenta”, “Mama”, entre outras, com um show que só terminou após as 5h, junto com o raiar do sol ao fundo.
Confira o recadinho de Valesca para os fãs do PopNow:
Veja a galeria de fotos da festa:
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