Capricorn Clark revela que Diddy a forçou a participar de plano contra Kid Cudi

Capricorn Clark, ex-diretora de marca global de Sean “Diddy” Combs, prestou um depoimento impactante no julgamento do rapper, que responde por acusações de tráfico sexual e organização criminosa. Em sua fala, Clark afirmou ter sido sequestrada por Diddy, sob ameaça de arma de fogo, e levada até a casa do cantor Scott Mescudi, conhecido como Kid Cudi, em 2011.

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Segundo a ex-funcionária, na época ela era próxima de Cassie Ventura, então namorada de Combs, e a ajudou a manter um relacionamento secreto com Mescudi. Para isso, comprou um celular descartável com o objetivo de esconder a relação de Combs. Ainda assim, o rapper descobriu o envolvimento entre os dois e, numa madrugada de dezembro, apareceu armado na casa de Clark, em Los Angeles.

Durante o depoimento, Clark relatou que Diddy estava “furioso” e teria dito que iriam “matar” Kid Cudi. Mesmo contra sua vontade, ela foi obrigada a acompanhá-lo até a residência de Mescudi, no bairro de Hollywood Hills. Segundo ela, Combs e um segurança invadiram o imóvel, enquanto ela avisava Cassie por telefone sobre o ocorrido. Mescudi, que estava com Cassie, tentou voltar para casa, mas fugiu ao se deparar com o carro de Combs.

O caso não parou por aí. Ainda no mesmo dia, segundo Clark, Diddy agrediu Cassie Ventura com chutes ao recebê-la em sua casa. “Ela caiu no chão, em posição fetal, e chorava em silêncio”, afirmou. Clark disse não ter interferido por medo de também ser agredida.

Além das agressões, o depoimento cita ameaças diretas feitas por Combs, como: “Se vocês não convencerem o Cudi a não me denunciar, vou matar todos vocês”. Clark relatou ainda ter ligado para a mãe de Cassie, pedindo ajuda, mas confirmou que nunca denunciou o caso à polícia.

Kid Cudi também foi ouvido no julgamento e confirmou que sua casa foi invadida em dezembro de 2011. Ele mencionou ainda um episódio em janeiro de 2012, quando seu carro foi incendiado com um coquetel molotov. Embora tenha levantado suspeitas sobre a participação de Combs, não há evidências concretas que liguem o rapper ao ataque.

Clark também revelou que reportou as ameaças e o sequestro ao então presidente da Bad Boy Records, Harve Pierre, mas que nada foi feito. Ela foi demitida meses depois, alegando motivos administrativos. Ao longo de sua relação profissional com Combs, que se estendeu de 2004 a 2018 com diversas idas e vindas, a ex-funcionária afirmou ter sido frequentemente intimidada e ameaçada pelo artista.

Entre os relatos mais chocantes, Clark citou um episódio em que foi submetida a um teste de polígrafo por cinco dias consecutivos após Diddy acusá-la de ter perdido joias alugadas. “Se você falhar, vão te jogar no East River”, teria dito o responsável pelo teste.

Sean “Diddy” Combs enfrenta atualmente acusações graves, que incluem tráfico sexual, sequestro e ameaças. Se for condenado, o rapper pode pegar prisão perpétua.