Fabricio Mascate lançou nesta quarta-feira (27) o videoclipe de “Soturno I”, faixa integrante de seu primeiro álbum, “Flor e Ser”. Dirigido pelo próprio cantor em parceria com Gustavo Bernardes e Fabiano Dodô, o clipe reforça a singeleza da canção construída sob influências de música clássica, caipira e MPB.
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Após ter todas as músicas do álbum gravadas, Fabricio idealizou uma maneira de interligar o projeto de forma coesa. “A ideia é que todos os clipes desse disco sejam interligados, e neste clipe, focamos nas mãos costurando, em alusão às Moiras, as irmãs da mitologia grega que controlavam o destino dos seres humanos, tecendo, medindo e cortando o fio da vida. O intuito deste clipe é mostrar que ele une, através dessa costura das Moiras, todas as narrativas que serão contadas em cada novo clipe”, explica Fabricio.
Todo o clipe de “Soturno I” foi gravado com a expertise da equipe em manusear um celular. Embora a equipe estivesse preparada para as filmagens com as câmeras profissionais, o resultado conseguido com testes no mobile agradou a todos. “A montagem ficou boa. Acredito que conseguimos passar a mensagem pretendida. Ansioso para ver esse trabalho no mundo”, comenta Fabricio.
Composto por nove faixas, “Flor e Ser” registra o íntimo de Fabricio Mascate através do antes, durante e do pós-pandemia, período que marca a humanidade e que foi momento de reflexão e maturação artística do cantor. O álbum se amarra como um diálogo, uma observação de dentro para fora, abrindo com a quase incidental “8594-10 Praça Ramos”, inspirada em uma linha de ônibus da capital paulista e por influências artísticas díspares. “Pensei em Racionais e Dream Theater, que em muitas faixas existem diálogos que introduzem e finalizam as músicas, para dar o contexto sobre o que eles falam. Aí tive essa ideia: e se o álbum se passasse dentro de uma viagem de ônibus?”, conta o cantor.
Além de “Soturno I”, “Flor e Ser” traz faixas como “Durma em Paz”, uma singela canção de despedida que constrói com o dueto feminino de Gabriellê uma crônica sobre términos. “Dorme em paz, meu amor, à espera do fim”, diz a letra resignada. A faixa é seguida pelo realismo fantástico de “Bença, Dindinha Lua!”, canção que evoca a nostalgia das histórias sobrenaturais que os avós contavam na roça e o respeito que inspiram nos mais novos. Como uma pérola que encorpa a composição, a faixa conta com a sanfona de Mestrinho, herdeiro espiritual de Dominguinhos.
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