A cantora Britney Spears é a capa da revista People desta semana. Na entrevista, a artista descreveu um trecho do seu livro de memórias, onde descreveu como foi viver sob a tutela de seu pai e como isso impactou a sua vida.
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“Finalmente chegou a hora de levantar minha voz e falar abertamente, e meus fãs merecem ouvir isso diretamente de mim. Chega de conspiração, chega de mentiras – apenas eu sou dono do meu passado, presente e futuro.”
Intitulado “A Mulher em Mim”, o livro será lançado no final deste mês e fala sobre sua vida sob a tutela ordenada pelo tribunal, que, em 2008, concedeu ao seu pai, Jamie, e a um advogado o controle sobre seus assuntos financeiros e pessoais.
“Eu me tornei um robô. Mas não apenas um robô, mas uma espécie de criança-robô. Eu havia sido infantilizada a ponto de perder partes do que me fazia sentir como eu mesma. A tutela me despojou da minha feminilidade, me transformou em uma criança. Eu me tornei mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti a música em meus ossos e em meu sangue; eles roubaram isso de mim”, escreve Britney no livro.
Sob a tutela, a cantora continuou escrevendo sobre como se sentia uma sombra dentro dela mesma. “Isso é o que é difícil de explicar, como eu poderia rapidamente oscilar entre ser uma garotinha, uma adolescente e uma mulher, devido à maneira como eles haviam me privado da minha liberdade. Não havia como agir como um adulto, já que eles não me tratavam como um adulto, então eu regrediria e agiria como uma garotinha; mas então meu eu adulto voltaria – apenas meu mundo não permitia que eu fosse um adulto”, diz.
Ainda no trecho obtido, Britney ressalta: “A mulher em mim foi reprimida por muito tempo. Eles queriam que eu fosse selvagem no palco, da maneira como me diziam para ser, e um robô o resto do tempo. Eu sentia que estava sendo privada desses segredos bons da vida – aqueles supostos pecados fundamentais de indulgência e aventura que nos tornam humanos. Eles queriam tirar essa singularidade e manter tudo o mais rotineiro possível. Isso era uma morte para minha criatividade como artista”.
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