O projeto “Vamos Ver o Pôr do Sol” tomou conta das históricas ruas do bairro Santo Antônio Além do Carmo, no final da tarde deste domingo (21), em Salvador. Capitaneado pela banda Jammil, o evento, realizado desde 2015, já se consolidou no calendário dos grandes eventos da Bahia.
A movimentação começou cedo, a partir das 12h, com a realização da Feira da Cidade, que trouxe ao público muita arte, gastronomia e entretenimento. Outro parceiro dessa edição, o Projeto Axé, trouxe os meninos do seu bloco afro, fizeram um pequeno arrastão pelas ruas do bairro, agitando o público na região.
A banda Jammil, que subiu ao palco às 16 horas, agitou a galera e mostrou em seu show uma prévia do que será o bloco Praieiro, que desfila domingo e segunda-feira de Carnaval, no circuito Barra-Ondina. O show do Jammil contou com as participações especialissimas do Olodum e do Ilê Ayê.
Unir música, diversão, consciência ecológica e resgate histórico do carnaval baiano. O que aparentemente pode parecer pouco provável, é justamente o que propõe o projeto “Vamos Ver o Pôr do Sol“, que desde 2015 atrai, a cada edição, um número maior de pessoas, contagiadas pela musicalidade ímpar da banda anfitriã e pelo agradável clima criado em torno da festa. O morador do bairro, Pedro Sacramento, 36 anos, afirmou que o evento está sendo muito bem recebido pela comunidade, pois ajuda a incentivar a economia do lugar, além de chamar a atenção para a localidade, que, ressalta, é muito importante para a história da cidade.
Nesta primeira edição no bairro Santo Antônio Além do Carmo, o projeto dá início ao seu formato itinerante. Segundo Levi Lima, vocalista da banda, o bairro foi escolhido por se tratar de um dos mais antigos da cidade, e de onde surgiram os dois primeiros blocos de Salvador. A mineira Cristina Silva, 22 anos, disse que não conhecia o Santo Antônio e que ficou maravilhada com a riqueza arquitetônica do bairro. “Postei várias fotos nas redes sociais e estão fazendo sucesso, com muitas pessoas querendo saber onde fica”.
O evento se popularizou ao ser realizado na Ponta do Humaitá, às margens da Baía de Todos os Santos, considerado um dos locais mais bonitos da capital baiana. Aliás, beleza e história andam de mãos dadas por lá, já que no bairro estão situadas a Igreja e o Mosteiro de Nossa Senhora do Monte Serrat, construídos no século XVI, e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O soteropolitano Alfredo Nunes, 28 anos, afirmou que sempre acompanhou o “Vamos Ver o Pôr do Sol” no Humaitá e que ficou encantado com a edição realizada no Santo Antônio. Segundo ele, somou de maneira muito positiva ao projeto.
Um dos objetivos do projeto “Vamos Ver o Pôr do Sol” é, através do poder de abrangência que a música possui, chamar a atenção do poder público para as demandas sociais da comunidade, e para a grandiosa importância da preservação dos nossos recursos naturais, além do riquíssimo patrimônio histórico local. E isso se dá através da realização de ações educativas que acompanham o projeto desde seu início, com destaque para ações em parceria com o Projeto Tamar, a LBV, e campanha contra a prática de pesca com bomba.
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