Rock

Angra, Massacration e Tuatha de Danann contemplam o heavy metal em noite acalorada no Rio

A banda Angra foi a estrela maior na noite da última sexta, 23, no Rio de Janeiro. O grupo trouxe um time de peso do heavy metal nacional para acompanhá-los na apresentação da turnê “Ømni” na Fundição Progresso, na zona central da capital fluminense, com shows do Massacration e Tuatha de Danann. Antes de fazer uma ronda no Brasil, esta tour fez parada em várias capitais europeias, sendo um sucesso por onde passou.

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Não seria diferente no país de origem dos músicos. Com Fabio Lione e Rafael Bittencourt nos vocais, acompanhados de Felipe Andreoli (baixo), Bruno Valverde (bateria) e Marcelo Barbosa (guitarra), o quinteto sabe como liderar uma plateia e fazê-la delirar com seu som marcante e pesado. Vale lembrar que Kiko Loureiro, um dos nomes mais famosos do Angra, segue em hiato do grupo, já que está em projetos e turnês paralelas com o Megadeth, mega banda que fará parte do lineup do Rock in Rio 2019.

O show:

Na ativa desde 1993 e, apesar das inúmeras mudanças na formação que a banda sofreu ao longo dos anos, os fãs do Angra se mantiveram intactos, fieis seguidores do que os caras fazem. E foi isso que ficou evidente desde o início da noite de sexta-feira. “Ømni” é repleto de brasilidade misturada à música clássica e o heavy metal, fórmula que se soma a diferentes influências como Rock Progressivo, música latina, Djent, entre muitos outros.

Na plateia, um multidão vestida de preto e pronta para pular, bater cabeça e cantar alguns dos hinos mais populares do Angra. No set, o grupo explorou cinco álbuns de estúdio, incluindo o “Temple of Shadows” e o “Rebirth”. O Angra talvez seja uma das bandas brasileiras de maior apelo fora do país e, logo no início da apresentação dos caras com a sequência de “Newborn Me”, “Travelers of Time” e “Waiting Silence”, a sintonia com que os músicos trabalham juntos, a potência sonora e a qualidade musical do quinteto faz com que o show produzido por eles não perca em nada por uma apresentação ‘gringa’.

Logo após “Caveman”, um solo de bateria de Bruno Valverde agitou os ânimos e impressionou. Se tratava, definitivamente, de heavy metal da melhor categoria e pra nenhum ouvinte do gênero colocar defeito. Se Bruno se destacou em seu momento solo na bateria, cada membro da equipe do Angra colocou um pouco do  rockstar que tinham dentro de si, com solos de guitarra estendidos e tipicamente provenientes da sonoridade do metal, atitude em cima do palco, irreverência e postura. E, cá pra nós, muitas coisas dentro do showbiz podem ser aprimoradas e ensinadas, mas como ser uma figura de destaque em cima do palco e manter a chama acesa por tanto tempo, não. É algo que estes meninos definitivamente nasceram pra fazer. E fazer bem.

Um dos momentos mais épicos da noite foi no Bis, quando as canções “Rebirth”, “Carry On” e “Nova Era” formaram vários coros do público espalhado pela casa e vibrações de pessoas de todas as idades; amigos, pais e filhos, casais. Todos estavam em êxtase com o que presenciavam. Fábio Lione, como um bom mestre de cerimônias, fez questão de agradecer ao público e dar 100% de si enquanto esteve em cima do palco, fazendo o ingresso de cada um presente na noite valer.

O Angra segue com a turnê “Ømni”  pelo Brasil, com shows no fim de semana no estado de Minas Gerais.

Longevidade:

O segredo do Angra para tantos resultados positivos apesar de tantas idas e vindas é a longevidade. Não importa quem ocupa o microfone. Já foi André Matos, Edu Falaschi e, hoje em dia, Fábio Lione. A qualidade se mantém alta e a vendagem de tickets ao redor do mundo e de pessoas seguindo o trabalho do grupo nas redes sociais e nas apresentações presencialmente falam por si só.

Se o caminho no universo da música é cheio de reviravoltas, o Angra dá uma aula de como prezar pela qualidade, pelo respeito aos fãs e manter, acima de qualquer vaidade ou ego, o amor pelo heavy metal que hoje une esses cinco integrantes para percorrer as principais casas de shows e venues do mundo todo.

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