Rap/Hip Hop
Advogado conta situação de Diddy na prisão; julgamento é marcado
Os advogados Marc Agnifilo e Anthony Ricco, que estão cuidando da defesa de Sean ‘Diddy’ Combs, comentaram sobre o dia a dia do cliente famoso enquanto ele está detido. Agnifilo comentou que um dos principais desconfortos que Diddy enfrenta é ter que comer as refeições fornecidas pela prisão.
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“A comida é provavelmente o aspecto mais complicado”, disse ele ao New York Daily News. O rapper está detido no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn desde 16 de setembro, um lugar conhecido por suas condições precárias.
Ricco, por sua vez, fez referência a Martin Luther King, expressando a esperança de que seu cliente saia dessa experiência mais fortalecido. “O Dr. King mencionou isso como a lei das consequências não intencionais. Às vezes, quando você pressiona alguém, isso a torna mais forte.”
O Julgamento
O julgamento de P Diddy foi marcado para 5 de maio de 2025. O rapper será julgado pelos crimes de estupro, agressão e tráfico sexual, entre outras acusações. Segundo relatos, ele submetia homens e mulheres a relações sexuais forçadas e gravava os abusos como ferramenta para extorquir posteriormente as vítimas.
Entenda o caso
Sean “Diddy” Combs, renomado rapper, produtor e empresário foi preso em 16 de setembro sob a acusação de liderar uma operação que organizava eventos em quartos de hotéis de luxo. Segundo relatos do jornal “The New York Times”, essas atividades incluíam situações de coerção, violência e uso de substâncias ilícitas, frequentemente se estendendo por dias. Os participantes, exaustos após esses eventos, teriam necessitado de fluidos intravenosos para se recuperar.
O caso das supostas orgias violentas envolvendo Diddy gerou bastante atenção na mídia e nas redes sociais, especialmente devido ao envolvimento de figuras conhecidas. As alegações incluem comportamentos abusivos e a participação de várias celebridades. Entre as vítimas mencionadas, algumas têm se manifestado sobre suas experiências, enquanto outras preferem manter o silêncio.
Os eventos em questão eram chamados de “freak-offs” pelos participantes e foram descritos pelo governo como autênticos “shows de horror”. De acordo com as denúncias, Sean Combs contratava pessoas para filmar os encontros, utilizando essas gravações como forma de chantagem para silenciar os envolvidos. As maratonas sexuais eram acompanhadas por equipes de limpeza que se encarregavam de ocultar os estragos nas suítes, que se espalhavam por várias cidades dos Estados Unidos.
Depoimentos da ex-namorada de Sean Combs, a cantora Cassandra Ventura, popularmente conhecida como Cassie, desempenharam um papel fundamental no processo. Ela o acusou de coordenar os encontros em hotéis de luxo e revelou que recebeu instruções para se cobrir com grandes quantidades de óleo, além de diretrizes sobre como interagir com os trabalhadores sexuais presentes.
“Ele tratava o encontro forçado como um projeto artístico pessoal, ajustando as velas que usava para iluminar os vídeos que gravava”, afirmou Cassie.
Segundo a reportagem, Sean Combs se declarou inocente das acusações. Seus advogados argumentaram que os encontros eram consensuais, sem qualquer uso de força, fraude ou coerção. Um dos advogados, Marc Agnifilo, afirmou ter conversado com homens que atuavam como trabalhadores sexuais nos “freak-offs” e não encontrou evidências de que houve qualquer tipo de coerção durante esses eventos.
“Alguém estava bêbado demais? Alguém estava drogado demais? Alguém expressou hesitação? Havia o menor indício de que, possivelmente, a mulher não estivesse consentindo?”, disse. Todas as respostas foram “não”, segundo Agnifilo.
Saiba as acusações contra o rapper:
Tráfico Sexual
Diddy é acusado de organizar eventos conhecidos como “freak-offs”, onde participantes eram forçados e drogados a participar de performances sexuais, frequentemente filmadas sem consentimento. As vítimas incluem tanto mulheres quanto homens envolvidos na prostituição.
Associação Criminosa (RICO)
A acusação alega que Combs liderava uma “organização criminosa” composta por suas empresas e associados, envolvidos em atividades ilícitas como tráfico sexual, coerção e suborno.
Sequestro
Diddy também enfrenta acusações de sequestrar indivíduos para forçá-los a participar dos eventos, exercendo controle sobre suas vidas pessoais e profissionais. Segundo as alegações, as vítimas eram ameaçadas de retaliação se tentassem escapar da situação.
Incêndio Criminoso
As acusações incluem sugestões de que Combs pode ter ordenado ou participado de incêndios criminosos, possivelmente com a intenção de destruir evidências ou intimidar testemunhas.
Suborno
O rapper supostamente tentou subornar seguranças e outras pessoas envolvidas para encobrir suas atividades ilegais, incluindo a ocultação de gravações que poderiam incriminá-lo.
Agressão Física
Um vídeo de 2016, divulgado pela CNN, mostra Diddy agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura em um hotel. Além disso, ele é acusado de abusar física, emocional e sexualmente de várias vítimas ao longo dos anos.
Obstrução da Justiça
Diddy também é acusado de tentar obstruir investigações, destruindo provas e ameaçando testemunhas para evitar que seus crimes fossem revelados.
Coerção com Armas de Fogo
Durante os “freak-offs”, Diddy e seus associados supostamente portavam armas de fogo para intimidar e ameaçar os participantes, criando um ambiente de medo e controle.