‘Acho que todo mundo pode se identificar com essa música’: Clarissa e Diogo Pirraça lançam ‘Amor Desalinhado’

Com uma melodia calma, “amor desalinhado”, a emocionante colaboração de Clarissa e do cantor português Diogo Piçarra acaba de chegar às plataformas de streams. A música carrega uma narrativa de luto e traz um diálogo nostálgico que carrega o peso da ausência de um relacionamento que chegou ao fim. 

• 
  Fabrício Mascate fala sobre seu florescimento musical e racial em álbum de estreia
• 
  MAR ABERTO fala sobre novo single ‘Maracanã’, inspirações, parceria com Pelé MilFlows e mais
• 
  el escama fala sobre novo single “Suspensão Voluntária da Descrença”, novo álbum e mais

“Essa música representa a beleza que a gente encontra quando olha para trás e vê o que a gente construiu com alguém, além da dor de ter que seguir em frente sozinho, mesmo que seja para o nosso bem. A melodia e a letra expressam muito bem tanto a beleza quanto a dor”, conta Clarissa.

A cantora, compositora e atriz marcou a lista dos principais hits de 2021 com seu primeiro single pop punk, “nada contra (ciúme)”, que ocupou o Top Viral 50 no Spotify Brasil e Portugal e venceu a categoria de “Hit do Ano” no TikTok Awards. Estreando de vez no mundo da música com seu primeiro EP, intitulado “Clarissa” (2021), que traz o estilo indie pop, a artista já acumula mais de 1.5 milhão de ouvintes mensais no Spotify e soma mais de 1.4 milhão de seguidores nas redes sociais.

Diogo Piçarra é um cantor português que venceu a edição de 2012 do programa de televisão “Ídolos” (Versão portuguesa). Como prêmio pela vitória, ganhou uma bolsa de estudos na London Music School e a gravação de um álbum da gravadora Universal Music. O artista já fez outras parcerias com artistas brasileiros, como Anavitória, Jão e Vitor Kley. 

Confira a entrevista com Clarissa e Diogo Pirraça:

Conta um pouco sobre a composição dessa musica. Vocês trabalharam juntos em algum momento nesse processo?

Clarissa: Então, foi algo em conjunto, mas não pessoalmente, foi tudo à distância. A Clarissa conhecia  já conhecia o meu trabalho graças a algumas parcerias brasileiras, e eu também tinha conhecido a Clarissa graças ao single “nada contra” que foi muito bem no TikTok e então foi assim, uma coincidência boa. Eu estava num estúdio, o pessoal da Clarissa contratou esse estúdio, sabia que eu estava lá e eu imediatamente associei o nome da Clarissa, já conhecia e foi tudo muito rápido. Foi só compor a canção, enviar para a Clarissa o que tinha, e ela terminou. Foi assim, um dia, uma tarde, ficou tudo pronto.

Essa narrativa que o novo single retrata, são experiências vividas na sua vida pessoal?

Clarissa: É sim, eu acho que é uma coisa que todo mundo já viveu. Eu acho que todo mundo pode se identificar com essa música. E principalmente, eu acho que ela tem um pouco de primeiro amor também. Primeiro amor adulto, essa coisa de você se encontrar com alguém, encontrar um parceiro, uma parceira e você vê a vida aos poucos, perdendo um pouquinho de cor, perdendo um pouquinho de brilho, você se desconectar com alguém e  ainda existir amor ali, eu acho que é um tema que é muito universal, todo mundo tem uma história assim, então acho que vai tocar muitas pessoas nesse sentido.

E com relação ao feedback dos fãs?

Diogo: Eu acho que foi uma boa surpresa.  Alguns dos meus fãs não conheciam ainda a Clarissa e espero terem conhecido a linda voz e todo o trabalho anterior e esta música também. Acho que é uma música que vai crescer e vai ficar atemporal. Acho que é uma música lindíssima e pode ficar para sempre.

Clarissa: Está sendo uma experiência muito boa, sim, tá todo mundo gostando, todo mundo se identificando, meus fãs estão conhecendo o Diogo. Quem não conhecia ainda e vice-versa. E está vindo uma galera de Portugal também, falar comigo, então eu acho que está uma experiência muito boa de modo geral.

Vocês trabalharam juntos na criação do clipe?

Clarissa: Não, tecnicamente assim falando. Acabou ficando mais da minha parte. Eu fui para Portugal gravar com o Diogo, foi quando a gente se conheceu pessoalmente pela primeira vez e é bem minimalista. Eu tenho um conceito que tenta sintetizar tudo o que a música quer passar.  O clipe não tem cor e quer passar essa coisa de um mundo cinzento, frio e nublado. Então, apesar de ser minimalista, passa muito essa sensação e foi muito bom assim. A gente gravou tudo muito rápido, em Portugal, e foi uma oportunidade muito boa também de conhecer o país.

E essa parceria, como aconteceu? Vocês já se conheciam?

Clarissa: Foi espontâneo. Nunca tínhamos nos conhecido,  só nos conhecemos porque ela foi filmar o clipe lá em Lisboa. Foi assim a primeira vez pessoalmente. Acho que a segunda vez que estamos juntos novamente para trabalhar e promover e também para cantar ao vivo.

Clarissa, um dos principais nomes em ascensão no cenário pop nacional, como se sente vendo seu trabalho alcançando cada vez mais pessoas?

Clarissa: Definitivamente, em tão pouco tempo, eu conquistar certas coisas, fico muito grata. Vai além de tudo o que eu imaginei e planejei. Eu e meus produtores estamos muito contentes em relação a isso, porque a gente foi muito verdadeiro com o nosso trabalho. Formos muito verdadeiros com as nossas diferenças, com o que a gente acreditava, mas a gente ainda quer alcançar mil coisas mais e fazer mais. A gente tá planejando aí um álbum para o final do ano, talvez também trazer novos conceitos, e entrar mais um pouco nesse mundo pop, mostrar mais a minha cara. Acho que estou só começando, tenho certeza.

Diogo, você participou e venceu a quinta edição do reality “Idolos”, em Portugal. O que agregou para sua carreira e o que a musica representa para sua vida?

Diogo: O programa foi há 10 anos e mudou a minha vida. A música não era uma prioridade. Eu tocava muito em bares, tinha uma banda, ou seja, nunca me imaginei como artista solo. Como Diogo, né? Sempre me imaginei como músico acompanhante ou como um músico mais alternativo, com outro nome. Por isso o Ídolos deu uma essa rampa e foi a partir daí que eu dei prioridade a música e comecei a fazer os primeiros discos, primeiros trabalhos e correu tudo muito bem os concertos sempre cheios desde 10 anos pra cá e não posso queixar da música. Vou sempre encarar tudo com muita humildade, porque vim do nada, por isso agarrei a oportunidade com unhas e dentes, como costumamos dizer em Portugal.