Eletrônica
A trajetória de Lucy Snake, DJ argentina que conquista o mundo com seu techno autêntico
O nome Lucy Snake não foi escolhido deliberadamente, mas sim atribuído por um professor durante a carreira universitária de Lucy. “Snake” surgiu quando Lucy descobriu a simbologia do totem animal de poder, uma energia vital que representa uma conexão ancestral. Desde pequena, ela tinha uma fascinação inexplicável por serpentes, desenhando-as e sentindo uma forte atração por elas. Sua mãe conta que, aos três anos, em uma visita ao zoológico, Lucy só queria ver as serpentes. Aos 17 anos, durante uma viagem, uma serpente entrou na sua mochila, e ela também tem uma serpente tatuada.
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Quando descobriu o conceito de totem animal, Lucy percebeu que a serpente era o seu totem. Um professor, inspirado pela sua introdução ao conceito de totem, descobriu o seu próprio animal espiritual e, numa viagem de estudos, ao ver Lucy tocando música até as 7 da manhã e colocando todos para dançar, a batizou como Lucy Snake. O nome “Lucy” vem de “Luz”, refletindo a clareza e luminosidade de sua personalidade energética.
Nascida em Buenos Aires, Argentina, em 1989, Lucy Snake tem 34 anos. Sua primeira conexão com a música eletrônica começou aos 13 anos, quando um amigo da mãe lhe deu um CD de música eletrônica. Viajando uma hora de ônibus para a escola, Lucy ouvia o CD em seu discman, sentindo uma experiência profunda com cada faixa. Aos 14 ou 15 anos, com a chegada da internet, começou a explorar mais e a baixar música eletrônica, fascinando-se pelo trance e descobrindo sets de DJs como Paul Van Dyk, Tiesto, Underworld, Kraftwerk, Aphex Twin, Above and Beyond e Armin van Buuren.
Aos 17 anos, Lucy assistiu ao seu primeiro festival de música eletrônica, a Creamfields, usando o documento de identidade emprestado da irmã para entrar. Foi aí que ela começou a descobrir o lado raver, frequentando eventos de psytrance e progressive. Aos 25 anos, aprendeu a tocar com um controlador entre amigos e, aos 27, após concluir seus estudos universitários em design gráfico, decidiu dedicar-se à música de forma profissional. Desde então, o universo não parou de surpreendê-la com momentos inesquecíveis.
Lucy acredita que sua formação em design contribuiu para sua carreira musical, pois o aprendizado de desenho lhe deu a capacidade de criar e projetar experiências para o público. Em suas produções, ela busca não se limitar a um único gênero, fundindo elementos de Techno, Progressive House e Tech House em seus sets, proporcionando uma experiência única para o público.
O festival mais importante em que tocou foi o Brunch Electronik Music Festival em Lisboa, Portugal. Na Argentina, se apresentou nos melhores clubes, festas e festivais, incluindo o renomado Crobar Club. Internacionalmente, Lucy tocou no Shipland, um festival a bordo de um cruzeiro de cinco estrelas, partindo da Argentina com paradas em Montevidéu, Rio de Janeiro e Búzios.
Crescida em uma casa repleta de música, Lucy foi exposta a diversos gêneros desde pequena. Seu pai lhe dava dois CDs ou cassetes diferentes toda semana, e ela frequentava aulas de piano. Na adolescência, com a internet, explorou novos estilos por conta própria, passando por metal, hip hop e música eletrônica. Suas influências variam de bandas clássicas como Pink Floyd, Depeche Mode e The Doors, até artistas de música eletrônica como D-Nox, Ki-Creigton e Julian Jeweil.
Entre seus próximos lançamentos estão as faixas “Ode to the Impermanence” e “Free Man”. “Ode to the Impermanence” é uma faixa dinâmica e surpreendente, representando a impermanência da vida. “Free Man” é inspirada na série britânica dos anos 60 “The Prisoner”, com uma atmosfera de perseguição. Ambas as faixas são potentes e têm recebido reações entusiásticas do público ao vivo.
Lucy procura não se definir por um estilo específico, mas criar uma identidade sonora única. Ela espera que suas novas faixas ressoem tanto no público mundial quanto no Brasil, onde acredita que sua música será bem recebida.
Seus planos de carreira incluem continuar crescendo como produtora e DJ, expandindo suas apresentações ao vivo com novas ferramentas como o Ableton Push e explorando sets de vinil. Para Lucy Snake, o futuro é uma jornada contínua de evolução e conexão com seu público, elevando a experiência musical a novos patamares.