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Supercombo fala do novo disco ‘Adeus Aurora’

Supercombo.foto:reprodução/instagram

Se não ouviu falar ainda na banda Supercombo, deve estar ouvindo errado. A banda formada atualmente, por Leo Ramos (voz e guitarra), Toledo Ramos (guitarra), Carol Navarro (baixo), André Dea (baterista) e Paulo Vaz (teclados), cada vez mais vem ganhando uma maior projeção nacional dentro do rock, apesar de não só se rotularem nesse estilo.

A Supercombo vem colhendo sucessos depois de “Piloto Automático” e ainda alguns frutos da participação do programa Superstar, da globo. De lá para cá, um som mais consistente. Com quatro álbuns já lançados, a banda chega com o quinto, intitulado “Adeus Aurora”, em que os integrantes apresentam letras que carregam dilemas e emoções que muitas pessoas sentem e passam.

Com o disco lançado, A Supercombo realizou um show de lançamento no último sábado (20), no Auditório do Ibirapuera. E antes dessa estreia, com uma setlist cheia de músicas novas e uma Tour, com mesmo nome do disco. O Popnow bateu um papo com a banda, que falou um pouco sobre esse lançamento.

Confira a entrevista:

Popnow: “Adeus Aurora” chegou nos streams com grande sucesso e também dá o nome da turnê da banda. O que os fãs podem esperar do show dessa tour?

Supercombo: A gente vai trazer um setlist totalmente reformulada, com as músicas novas. A galera pode esperar a mesma energia de sempre.

Popnow: E vocês lançaram uma HQ ano passado com o mesmo nome do álbum! Isso é muito criativo, como surgiu a ideia?

Supercombo: Desde o álbum “Amianto”, a gente sempre recebe da galera de como nossas letras são imagéticas e acabam criando cenas. E como somos nerds e gostamos desse tipo de conteúdo, a gente resolveu criar a parte visual, para que a música acompanhasse essa história. Então criamos todas as histórias em quadrinhos com um amigo para ser a trilha sonora dessa HQ como completo.

Popnow: Quais foram as inspirações para esse álbum? ele tem ao todo uma vibe positiva, mais “light”, como foi o processo criativo de tudo isso?

Supercombo: A gente usou muito nosso processo de evolução pessoal, muitas vezes as letras são como terapia para nossos próprios problemas e estão ligadas muitos com nossas vidas, com o que vivemos e muitos dos mantras que queríamos alcançar na vida. E isso reflete de uma forma positiva, pois nós tentamos olhar para a vida de maneira positiva e isso vai tudo para as letras.

Popnow: Depois de “2 e1” e “Menina Lagarta”, já tem o próximo single eleito?

Supercombo: Ainda não está definido, mas provavelmente vamos lançar um música acompanhada de um videoclipe. Estamos entre “Robozin” e “Meu Colorista”

Popnow: Como vocês descreveriam esse novo trabalho? No que ele é diferente pra vocês, de todos os outros anteriores?

Supercombo: A grande diferença dos outros foi a maneira de composição, pois criamos a parte visual, com a HQ e depois compomos as músicas em cima dela. A gente estava criando as histórias em quadrinhos quase simultaneamente com o disco, mas acabamos parando um pouco, pois a parte da história exigiu muito tempo. Foi um nova maneira de contar a história. A música ela é mais sugestiva e tem mais espaço para interpretação, já a HQ temos que ser mais literal e aprofundar melhor. E foi uma experiência diferente dos outros discos anteriores.

Popnow: Vocês já cantaram em palcos incríveis como Lollapalooza e e Planeta Atlântida, como banda, qual a maior ambição que vocês ainda têm?

Supercombo: A gente ama tocar em festivais, mas gostamos muito de ficar próximo do público e shows menores que conseguimos conversar com as pessoas depois. A nossa ambição é fazer a quantidade maior de shows possíveis pelo Brasil e espalhar essa energia que temos

Popnow: Como vocês veem o cenário do rock mais alternativo, indie de vocês no país hoje? Onde muito se fala sobre funk e sertanejo, incomoda não estar no mainstream pra vocês?

Supercombo: Não, essa cena e exposição grande que esses estilos trazem, só causam uma ambição maior para nós, para chegar nesse patamar. A gente gosta dos outros estilos de música, somos bem ecléticos. Usamos isso tudo como referência, tá aí o próprio sertanejo que abriu nossos olhos, pois antes o cenário do rock era muito dividido e tinha muita competição entre as bandas e no sertanejo eles tocam um a música do outro. Isso mudou nossa cabeça e fez a gente chamar outras bandas para os shows.

Popnow: É inegável o salto que a carreira de vocês deu após o superstar na globo. como vocês avaliam essa participação hoje em dia? Ainda colhem os frutos dela ou acham que passou?

Supercombo: Acho que colhemos um pouco ainda, principalmente para quem assistia na época e não acompanhava a banda. Ouvimos comentários de ‘conheço desde superstar’ ‘conheço desde piloto automático’. Algo que a banda não estaria onde está, só com o programa. A gente tem muito trabalho por trás, que fazem esse trabalho muito legal e nos faz crescer a cada ano e a cada disco novo. O programa foi importante, pois atingimos vários públicos e cidades que não alcançávamos antes. A região norte era intocável e o programa ajudou a gente a fechar shows para lá.

Popnow: Para os nossos leitores que ainda não ouviram algum som de vocês, como vocês descreveriam a Supercombo?

Supercombo: É muito difícil. A gente sempre fugiu de rótulos e tivemos uma grande dificuldade de rotular em uma única coisa. Acabamos caindo sempre no estilo rock, mas a Supercombo é mais do que isso. Somos pop também. Sempre temos essa dúvida, e acabamos inventando um rótulo. O último que teve e até os fãs  falaram para nós, é que estamos no pop experimental. E rotula a banda nesse momento e nesse disco.

Ouça o álbum “Adeus Aurora”:

 

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