PopEntrevista

DAY retrata drama da geração em seu novo álbum ‘Bem-vindo ao Clube’

DAY (Lana Pinho)

“É sobre uma jovem sonhadora que é testada pela realidade ao seu redor e pelas suas autossabotagens. É sobre se frustrar, mas também sobre se manter em pé”, é assim que DAY apresenta seu mais novo álbum, “Bem-vindo ao Clube”. Com 12 faixas, sendo uma delas uma parceria com Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, o novo projeto da cantora acaba de chegar a todos os aplicativos de música.

Encabeçado pelo single “Clube dos Sonhos Frustrados”- composição de Day, Tiê Castro e Los Brasileiros – que além do áudio também apresenta clipe, “Bem-Vindo ao Clube” acompanha a jornada de alguém – que poderia ser eu ou você – tentando entender os movimentos de altos e baixos, de amores e desamores, de começos e finais; da vida como ela é. Todas as 12 faixas trazem histórias vividas pela cantora antes e depois de se assumir LGBT, além dos novos sentimentos trazidos pela pandemia, sonhos e frustrações de diferentes momentos de sua vida.

Além de “Clube dos Sonhos Frustrados” que inspirou todo o álbum e inclusive seu nome, outra canção que promete se destacar é “Isso não é Amor” com Lucas Silveira, única parceria do projeto.

Celebrando a parceria com a artista, a Vans orgulhosamente apoia o lançamento do novo álbum e do clipe do single “Clube dos Sonhos Frustrados”, assim como homenageia um dos seus principais pilares de marca, mantendo o seu compromisso de apoiar e incentivar a expressão criativa através da música, arte, cultura de rua e é claro, os esportes de ação. Além do protagonismo sinérgico entre DAY e Vans, outra estrela da trama e que reforça ainda mais a união é estampa clássica e atemporal eternizada pela Vans, o icônico padrão quadriculado batizado de “Checkerboard”. Delineada sob o olhar criativo da Caos Media Group, a parceria é uma colaboração entre múltiplas engrenagens, com direção de videoclipe assinada por Malu Alves e produção executiva de Vanessa Guedes.

Assista ao clipe:

Acho que talvez o álbum esteja um pouco mais pessimista do que eu gostaria, até porque, foi um álbum produzido em meio a uma pandemia sobre momentos caóticos que já passei em minha vida. Revivi antigas e vivi novas frustrações durante o processo e isso tornou tudo MUITO mais intenso. O álbum é tudo que eu precisava botar pra fora, basicamente. Me expresso dessa forma para poder inspirar outras pessoas a se expressarem também. Agora, com tudo pronto, mais do que nunca eu só quero me conectar com o público. Pesquisas mostram que jovens brasileiros de 15 a 29 anos – maior parte dos meus fãs – se encontram mais tristes, pobres e preocupados, então espero que ouvindo essas músicas se sintam inspirados, amados, compreendidos, e que não se sintam sozinhos”, explica Day.

As novas sonoridades também traduzem esses sentimentos controversos presentes nas canções. Com referências do POP, POP Punk, Punk Rock, Rock, Emocore, Trap e Rap, o álbum cria quase que um estilo musical próprio, se aproximando do que pode ser chamado de “POP Emo”.

Ouça o novo álbum:

Tudo que as pessoas viram e ouviram de mim faz parte da minha verdadeira essência. Me redescubro todos os dias. Isso é o que tenho dentro de mim hoje, o que quero hoje, o que sinto que preciso fazer hoje. Tenho dificuldade de me aprisionar e de me limitar em qualquer sentido da vida, e musicalmente não seria diferente. Hoje, me vejo como infinitas possibilidades e quero poder me sentir livre pra viver testando cada uma delas sempre quando quiser”, completa a cantora.

Confira o super bate papo que o Portal PopNow teve com a cantora Day sobre o novo álbum, parceria e muito mais.

O que mais te inspirou na composição desse novo álbum?

Day: Literalmente minha história. Tem um já que eu decide fazer isso, no meu EP passado, “A Culpa é do Meu Signo” eu falei sobre a minha personalidade, como eu sou, como ajo, de que jeito que eu sou e nesse disco meio que destrincho a história do porque eu sou assim. Então é legal por que as pessoas vão poder me conhecer um pouco mais e ao mesmo tempo é aquele história super clichê que todo mundo já saber, aquela coisa de amor, desamor, frustação, realização, todo um processo de amadurecimento. Amadureci muito, junto com o disco e acho que é uma experiência bem legal.

O que espera levar para as pessoas com o novo álbum?

Day: Eu quero inspirar as pessoas a serem quem elas quiserem. Nos disco eu bato muito na tecla do “o que você vai ser quando você crescer?”, porque é uma coisa que eles colocam muitas expectativas. Eu quero fazer as pessoas saberem o óbvio, que é basicamente: você vai realizar uns sonhos, mas vai frustrar alguns. Você vai achar que uns sonhos vão te realizar, mas quando realiza-lo vai ver que ele nem te realizou tanto assim. Aí você vai vivendo e vai descobrindo, e ta tudo bem, porque essa é a vida.

Como aconteceu o processo de criação do clipe “Clube dos Sonhos Frustados”?

Day: O clipe foi algo que eu não esperava, mas sempre quis. Eu gosto muito desse clipe porque é o mais pop, mais diurno, tem uma vibe divertida por mais que tenha essa letra um pouco mais pessimista, então acho que com o clipe a gente conseguiu trazer uma atmosfera bem leve pra o som e conseguiu casar a estética com a sonoridade. E a gente usa referencias demais no clipe, que a galera gosto, tipo, escola, acho que é uma representação muito boa. Quem não passou perrengue na escola ou na faculdade? São coisas bem acessíveis, tem gente que está vivendo, tem gente que já viveu. Então a gente quis trazer algo bem universal para o clipe, com um estética agradável e um som legal

Sobre a parceria com o Lucas Silveira, como aconteceu?

Day: Foi tão lindo e natural como aconteceu. A gente se tombou em um festival, nos bastidores, trocamos elogios e falamos: “Vamos fazer som???” e foi aí que a gente manteve o contato e fizemos o som juntos. Fomos trocando referencia, sobre como seria e o que gostávamos. E pra gravar a voz a gente se encontrou, gravamos no mesmo estúdio, no mesmo dia, pra ter aquela sintonia e foi um momento emocionante pra mim.

Sobre a parceria com a Vans, como se deu?

Day: A parceria com a Vans foi outro sonho realizado. Eu sempre usei Vans e sempre fez parte do meu lifestyle. Mas há uns dois anos atrás eu botei na cabeça que ia trabalhar com a Vans. E não é que agora eu tô aqui trabalhando com os caras? Patrocinaram meu clipe, estão nessa comigo, me apoiando de verdade. E é muito massa quando a gente ver que o negocio é autentico, de verdade.

Como está sendo produzir em meio a pandemia?

Day: Foi bem caótico. Teve as questões praticas, as dificuldades no começo de como a gente ia fazer o novo disco a distancia, até a gente conseguir encaixar as coisas conforme foi indo. Só que pra mim o mais difícil foi lidar com a parte emocional mesmo. Eu estava em um momento punk, emocionalmente falando, aí entrou a pandemia e deu uma dificultada no rolê, então as musicas serviram pra mim como uma terapia na hora de criar, um cano de escape. O processo foi muito intenso e cheio de altos e baixos e de amadurecimento, do começo ao fim.

Sair da versão mobile