A marca esportiva Adidas encerrou sua parceria com Kanye West por causa de seus comentários antissemitas, em uma medida que estima que afetará seus resultados em até US$ 246 milhões (R$ 1,3 bilhões) somente este ano, informou a empresa na terça-feira.
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Em um comunicado, a marca de tênis, referindo-se a West por seu pseudônimo ‘Ye’, disse: ‘A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça.’
West e a empresa de esportes uniram forças para uma colaboração de moda – conhecida como Adidas Yeezy – sete anos atrás.
A Adidas disse que depois de realizar uma ‘revisão completa’, decidiu encerrar a parceria, parar de produzir produtos da marca Yeezy e cancelar todos os pagamentos a suas empresas. ‘A Adidas interromperá os negócios da Adidas Yeezy com efeito imediato’, disse o comunicado.
Citando a ‘alta sazonalidade do quarto trimestre’ – que inclui Black Friday e Natal – a marca estimou que o término da parceria com a Yeezy impactará negativamente o lucro líquido da Adidas em 2022 em € 250 milhões, embora a empresa tenha acrescentado que espera que a queda seja pequena.
A Adidas também acrescentou na declaração que é a ‘única proprietária de todos os direitos de design’ sob a parceria, sem dúvida um aviso ao campo de West caso o rapper tente reproduzir os designs com um novo fabricante.
A medida segue os repetidos ataques de West à comunidade judaica nas últimas semanas. No início deste mês, ele postou nas mídias sociais que, entre outras coisas, planejava ‘death con 3 no povo judeu’. Isto foi seguido por uma aparição no talk show ‘Drink Champs’ da Revolt TV, onde ele fez um discurso antissemita.
Após os comentários de West, uma faixa foi pendurada por um grupo supremacista branco acima da rodovia 405 em Los Angeles com a inscrição ‘Kanye está certo sobre os judeus’.
