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Rennan da Penha lança a inédita ‘Complexo da Penha’, que faz reflexão sobre vida na periferia

Renan da Penha. Foto: Divulgação.

Consciência, superação e vivência. Essas palavras resumem “Complexo da Penha”, novo single do DJ e produtor Rennan da Penha, em parceria com o rapper Rodd e o cantor Lucca, lançado em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira (16). A música também acompanha um clipe, divulgado no canal do YouTube da Hitzada.

O novo trabalho é o marco inicial do selo Hitzada, projeto criado por Rennan que visa dar oportunidade aos talentos promissores da cena, que recentemente assinou uma parceria com a Sony Music. Ele é sócio da gravadora e produtora junto com Lucca, que participa da canção e também é empresário, e Leonardo Gomes.

A faixa sucede “Pisadinha da Penha”, single lançado em março por Rennan e os DJs Cabelão do Turano e BR da Tijuca. A produção de “Complexo da Penha” é assinada pelo próprio Rennan junto com o MC Moisés da Torre. Com um beat tranquilo, a sonoridade migra entre o funk e o rap e concede o destaque necessário à letra, que mostra a realidade do favelado, do negro, do pobre e do jovem que foi impedido de sonhar por conta de suas condições sociais.

Nos versos, os artistas refletem sobre a batalha travada todos os dias por grande parte dos moradores das favelas do Rio – de acordo com o último Censo, são mais de um milhão e trezentos mil cariocas. O Complexo da Penha, onde Rennan nasceu, foi criado e ficou conhecido por suas apresentações no Baile da Gaiola, se transformou em inspiração para fazer esse som acontecer. “Complexo da Penha/ Vai ser bem recebido de onde quer que você venha”, eles cantam no refrão. O clipe complementa a força da mensagem, mostrando belas imagens da comunidade e de seus moradores, enquanto a Igreja da Penha segue majestosa ao fundo.

As comunidades que compõem o Complexo também são homenageadas ao longo da música. Vila Cruzeiro, Morro da Fé, Grotão, Caixa d’água, Sereno, Chatubão, Proletário e Maragogi são devidamente citadas pelos artistas. Rodd, responsável pela composição, explica como a música surgiu. “A ideia, desde o início, foi do Lucca e do Rennan. Lembro que recebi o convite para participar em uma sexta à noite, e no domingo, eu já estava com a letra pronta. Mandei para o Lucca e ele se emocionou assim que ouviu. Após mudar detalhes mais pontuais, enviamos para o Rennan, que já queria trabalhar no som de tão empolgado que ficou.

Ele confessa que encarou a parceria com uma dose extra de responsabilidade, por não ter a mesma vivência periférica de seus parceiros. “Compor com os dois foi maravilhoso, porém senti uma preocupação maior por eu não ter nascido e sido criado na favela, apesar de estar lá quase toda semana. Com essa convivência, aprendi muito sobre a vida. Via gente batalhadora que tinha mais de mil motivos pra reclamar, mas vivia agradecendo e com um sorriso no rosto que mudava o meu dia. Foi na comunidade que conheci o que é amar o próximo de verdade. Observava pessoas com quase nada dividindo com o irmão do lado o pouco que tinha. Fora dali, isso é difícil de acontecer, pois cada um olha para o próprio umbigo e só pensa em si”, reflete.

Lucca também está animado e espera que a faixa seja um sucesso. “A expectativa é de que a música possa romper barreiras e gerar identificação. Que o favelado ouça e cante com muita vontade e orgulho de sua origem”, conta. Rodd concorda e enxerga na canção o potencial de virar um verdadeiro hino entre os moradores da favela. “Ela carrega o nome da Penha, mas qualquer morador de favela vai se identificar.

Outro tema abordado na letra é a injustiça enfrentada pelo favelado, e, especialmente, pelo funkeiro e por todos os artistas ligados a esse gênero musical. “E que seja entendido/ Nosso povo é mais que unido/ E que seja entendido/ Que DJ não é bandido”, ensinam ao longo do single. “Por ser um ritmo que não vem do asfalto, o funk também acaba sofrendo essa perseguição. Mas o DJ é trabalhador. Ele só está indo atrás do seu corre, do seu ganha-pão”, pontua Lucca. “Além disso, também dizemos que o favelado quer ostentar, assim como o pessoal da alta classe tem direito. E quando se fala de ostentar, não é só ostentar dinheiro e bens materiais. É ostentar paz, amigos, felicidade”.

Os artistas veem no single a realização de um sonho. “Gravar com o Rennan, cuja trajetória acompanhei desde o início, vindo do mesmo lugar que eu e sendo super renomado, foi uma experiência pra lá de especial”, comemora Lucca. Rodd também celebrou a colaboração e parabenizou a história de Rennan. “Ele é muito humilde. Não se esqueceu de onde veio e está sempre buscando novos nomes dentro da comunidade. Difícil ver situações desse tipo hoje em dia. Os artistas famosos só querem fazer música com outros artistas famosos e dificilmente dão espaço para quem está começando. O Rennan faz o contrário: dá visibilidade justamente para quem precisa dela. Já estourou vários MCs dessa maneira”, comenta. “Por isso, queremos que as pessoas se identifiquem com o som. A intenção é que as pessoas também conheçam a história do Rennan e se motivem a vencer como ele”, acrescenta.

Rennan, por fim, acredita no poder de um hit consciente como o “Complexo da Penha”. “Essa parceria retrata o nosso dia a dia, em que muitos jovens promissores sonham com uma carreira, mas se veem presos ao ambiente à sua volta. A proposta é mostrar que o favelado pode e também merece vencer”, completa.

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