Em “I Míssil“, single inédito disponibilizado hoje nas principais plataformas digitais, Linn da Quebrada expressa um novo e deslumbrante momento sonoro. A canção é a última a ser revelada antes do lançamento completo de Trava Línguas (Natura Musical), seu novo e segundo álbum de carreira, cuja estreia foi confirmada para o próximo mês de Julho.
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“I míssil”, assim como todo o projeto, teve produção musical assinada a seis mãos: a própria Linn da Quebrada, a DJ e produtora musical BADSISTA e a percussionista Dominique Vieira.
“Eu não necessariamente busquei por novos movimentos sonoros, isso naturalmente aconteceu a partir dos meus deslocamentos. Busquei novos ritmos e frequências em mim mesma, tanto no falar, quanto no cantar”, declara Linn. “Eu me movi, estética e profissionalmente falando sinto que estou em outros lugares agora, sabe? Na sonoridade, por exemplo, eu queria algo que a minha mãe pudesse escutar, um som que de algum modo a aproximasse ainda mais de mim. E ela a-do-rou ‘I míssil’, na verdade minha mãe tá adorando acompanhar o surgimento de Trava Línguas como um todo”, revela a compositora sobre sua convivência com Dona Liliam da Quebrada durante essa quarentena.
O single foi apenas um dos resultados gerados de uma imersão de estúdio que Linn realizou aos moldes antigos ao lado de BADSISTA e Dominique Vieira, no meio deste ano, num sítio nos arredores de São Paulo. Isoladas em respeito ao distanciamento social vigente, as três aproveitaram o período para criarem juntas as 11 faixas que compõem Trava Línguas.
Sobre este processo criativo, Linn destaca a sua insegurança pessoal como um ingrediente inesperado, no entanto fundamental para a composição das faixas inéditas. “Eu tinha que ir com medo mesmo, aprendi isso chegando lá. Falava pra mim mesma: ‘vai boba, vai com medo mesmo, vai com tesão, com dúvida, vai com tudo!’. E eu fui. A BADSISTA e a Domi também estavam com esses receios, mas a gente também confiou demais umas nas outras. E confiamos em nossas próprias dúvidas até. E isso tudo está expresso no disco, nós três estamos ali”, ela aponta.
E a produtora BADSISTA concorda. Para ela, essa junção das três nos bastidores de Trava Línguas revelou movimentos até então incalculáveis, que provavelmente vão chocar a galera. “É um disco que abre os braços cada vez mais, abrange mais gente que vai acompanhar a Linn daqui pra frente”. Para BAD, estas mudanças também projetam as três artistas para novos territórios sonoros. “Estamos mirando em outros lugares, sabe? A gente mostra com esse novo trabalho que podemos muito mais. Imagina ficar num quadradinho que botaram a gente ali… Faz nem sentido rs”, conclui.
Ouça:
Lina e Linn
“Se nesse single – e também no disco – vocês não ouvirem a Lina Pereira, vocês tão ouvindo errado”, discorre Linn sobre si mesma. Para ela, Trava Línguas se aproxima como um acordo de paz entre a criatura (Linn da Quebrada) e sua criadora (Lina Pereira) e logo em “I míssil” já é possível perceber as duas cantando juntas em uma só. “Mais do que representada, eu sinto que neste álbum eu venho muito bem apresentada. Sentimentos, vozes e jeitos de Lina e Linn na mesma pessoa – e também em muitas outras, ao mesmo tempo”.
As criações de Linn da Quebrada refletem a possibilidade de uma mudança contínua e constante, a partir do que já foi vivido, e, ao mesmo tempo, com olhos para tudo que está por vir. Essa ideia é também compartilhada pela Natura Musical: “O futuro que queremos construir é coletivo. Com a música, somos capazes de chegar a um lugar comum, respeitando a diversidade. Os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados por Natura Musical trazem a mensagem de que o futuro pode ser mais bonito com a música e com o envolvimento de cada um de nós”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.
Trava Línguas foi selecionado pela plataforma Natura Musical, através do Edital Natura Musical 2020, ao lado de nomes como Bixarte, Bia Ferreira, Juçara Marçal, Kunumi MC, Rico Dalasam. Ao longo dos 16 anos, a Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares.
